O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Edson Fachin, recebeu no TSE, na manhã da quarta-feira (20), o ministro da Defesa, general de Exército Paulo Sérgio Oliveira para ouvir propostas sobre as urnas eletrônicas.
O encontro teve ainda a participação do ministro Alexandre de Moraes, vice-presidente do TSE, e o general Marco Antônio Freire Gomes, comandante do Exército Brasileiro.
A “visita institucional”, como foi chamada, segundo a CNN, serviu para que o ministro da Defesa apresentasse pessoalmente as sugestões das Forças Armadas para aprimorar o funcionamento das urnas eletrônicas, encaminhadas no mês passado à Comissão de Transparência das Eleições.
Também foi o primeiro encontro pessoal entre o novo ministro da Defesa e a atual cúpula da Justiça Eleitoral.
Entre as propostas defendidas pelas Forças Armadas está a ampliação do teste de integridade das urnas eletrônicas. Em pleitos anteriores, o procedimento costumava ser feito com cerca de cem urnas. A proposta das Forças Armadas é aumentar para, pelo menos, mil dispositivos.
As propostas já haviam sido apresentadas pelo Ministério da Defesa na Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), da qual fazem parte outras instituições do Estado, como o Exército. De acordo com o TSE, a reunião desta quarta-feira foi pedida pelo ministro da Defesa.
A agenda de debate sobre a segurança das urnas e do processo eleitoral tem sido intensificada pelas instituições com a proximidade da eleição de outubro.
Todas as sugestões deverão ser analisadas até a próxima segunda-feira (25), quando haverá uma reunião da comissão e o plano de ação da comissão será finalizado. As sugestões já apresentadas são sigilosas e devem ser divulgadas nesta reunião.
As sugestões da Forças Armadas farão parte das propostas das outras entidades. Também fazem parte da comissão representantes do TCU, da OAB, da PF e do Ministério Público Eleitoral.
Sem provas e sem nenhum indício contrário, Jair Bolsonaro tem levantado dúvidas sobre as urnas eletrônicas e fez campanha pela volta do voto impresso, que o Congresso rejeitou.
A Justiça Eleitoral garante a segurança das urnas eletrônicas e tem tomado medidas para mostrar que os dispositivos são seguros para o eleitor manifestar sua vontade livremente. Isso inclui tomar sugestões de todas as instituições e criar grupos de trabalho com as entidades.
Bolsonaro não está interessado em se convencer de que as urnas eletrônicas são seguras, pelo contrário, ele quer manter suspeição permanente para justificar sua derrota iminente nas eleições e abrir caminho para seus intentos golpistas. Tal como Donald Trump fez nos EUA ao tentar impedir a posse do novo presidente eleito naquele país.