
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann (PR), defendeu, em mensagem de apoio à Petrobras em suas redes sociais, a pesquisa na Margem Equatorial do país. Para a ministra é necessário saber os potenciais econômicos da região, que atinge os do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá.
“Pesquisar estes recursos é obrigação de um país que busca a segurança energética, ao mesmo tempo em que incentiva a transição”, afirmou a ministra, acrescentando que “nenhum outro presidente tem tanto compromisso com a preservação ambiental como Lula”. “Ele já demonstrou isso em seus governos, acrescentou.
“E nenhuma outra empresa de óleo e gás é mais consciente desta questão, na teoria e na prática, do que a nossa Petrobrás”, destacou Gleisi. “O potencial de recursos petrolíferos na Margem Equatorial está demonstrado pelos países vizinhos que já trabalham na área. Esta é a orientação correta do presidente Lula e é assim que vamos construir um futuro melhor para o país, com a segurança ambiental que a Petrobrás é capaz de garantir melhor do que qualquer outra”, disse e ministra.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), também se manifestou sobre o tema, nesta quinta-feira (20). Ele classificou como “covardia” qualquer tentativa de adiar a decisão sobre o licenciamento em bloco na Margem Equatorial para depois da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30). Silveira afirmou que essa definição não pode ser tomada apenas para “ficar bonito” aos olhos da comunidade internacional.
Silveira reforçou que a exploração da região deve ocorrer somente após o cumprimento de todos os requisitos técnicos exigidos para a liberação. No entanto, criticou a atuação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), alegando que o órgão não tem apontado de forma clara os entraves que impedem o avanço do processo. “Minha defesa é fazer a pesquisa, cumprindo todos os requisitos”, enfatizou, durante entrevista concedida na 2ª Reunião de Energia do BRICS.
O ministro de Minas e Energia também destacou a necessidade de investimentos oriundos do setor de petróleo para combater as desigualdades sociais no país. “Quem tem fome, tem pressa. O Brasil é um país com muitas desigualdades”, afirmou Silveira, ao reforçar que os recursos devem ser direcionados para políticas sociais.