
O ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, secretário licenciado do governo João Dória (PSDB), virou réu por fraudes na inspeção veicular no período em que foi prefeito. Junto com Kassab, outros 25 também tornaram-se réus.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e aceita pelo juiz Kenichi Koyama, da 11ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, houve fraude por parte de agentes públicos e privados nos contratos de 2007 para a inspeção de veículos em São Paulo, feita pela Controlar, que foi adquirida pela CCR em 2009.
O próprio edital do processo licitatório não foi respeitado, com o “não atendimento a critérios estabelecidos (…) relativos à capacidade técnica e econômica, e aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, que devem reger a coisa pública”, diz o MP.
Para o MP-SP, Kassab ter conferido à Controlar o contrato de inspeções veiculares confirma “vantagem indevida”, uma vez que a empresa “não preenchia três requisitos para habilitação na licitação”, correspondendo a crime de improbidade administrativa.
Kassab está afastado do governo Dória, segundo alegou, para se concentrar em sua defesa nas acusações que estão surgindo.
Em dezembro, a Polícia Federal cumpriu mandatos de busca e apreensão em endereços do então ministro como parte do inquérito que investiga R$ 58 milhões em propina da JBS para ele e seu partido. Na sua casa foram encontrados R$ 300 mil em dinheiro vivo.
Kassab foi ministro das Cidades de Dilma Rousseff e ministro da Ciência e Tecnologia do governo Temer.
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