Lula: “auxílio de Bolsonaro só vai até 31 de dezembro. Mas nós vamos manter os R$ 600”

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“E mais R$ 150 por filho de até 6 anos de idade. Isso vai continuar porque a gente não vai deixar o povo na mão. Agora, o orçamento que o presidente mandou para o Congresso não tem continuidade dos R$ 600, não existe a continuidade. Termina dia 31 de dezembro, ele não mandou na LDO”, disse o ex-presidente

Em entrevista, nesta segunda-feira (10) pela manhã, à Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da Frente Brasil da Esperança, composta por ampla frente de partidos do campo democrático e popular, comprometeu-se a manter, se eleito, o Bolsa Família de R$ 600, com mais R$ 150 por filho de até seis anos de idade.

Segundo Lula, é nessa fase que a criança precisa de mais alimento e mais qualidade de vida. “Isso vai continuar porque a gente não vai deixar o povo na mão. Agora, o orçamento que o presidente mandou para o Congresso Nacional não tem continuidade dos R$ 600, não existe a continuidade. Termina dia 31 de dezembro, ele não mandou na LDO. Nós que vamos ter que mandar fazer com que se continue pagando os R$ 600 ao povo”.

Pelo orçamento encaminhado ao Congresso por Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, o auxílio Brasil vai ser de apenas R$ 405 em 2023.

INVESTIMENTO NO ESTADO

“E é isso que vou fazer pelo Rio de Janeiro, e vou conversar com o governador, independentemente do partido que ele for, porque quando um presidente da República vai conversar com um governador ele não olha o partido do governador, ele olha o povo do Estado”, disse.

Lula acrescentou, ainda, que vai tratar todos os governadores em igualdade de condições, seja de qualquer partido político. “O interesse é o povo não o governo”, afirmou.

“No período em que nós governamos esse país, investimos R$ 540 bilhões em infraestrutura no Rio de Janeiro. Só com o Minha Casa, Minha Vida foram R$ 27 bilhões e tudo isso acabou. Então, nós vamos voltar a investir para que o povo do Rio de Janeiro tenha tranquilidade e possa trabalhar e viver com felicidade e muito respeito”, garantiu o ex-presidente.

Lula afirmou que o povo brasileiro precisa efetivamente de mudança no governo para que o Brasil volte a crescer economicamente e a gerar emprego e oportunidade de trabalho para as pessoas, o que não está acontecendo.

“Se você pegar o orçamento imposto pelo governo, que foi mandado ao Congresso Nacional, recursos para desastres naturais, como aquele que aconteceu em Petrópolis, o orçamento caiu 99%, mobilidade urbana caiu 93%, programa habitacional caiu 90%. Ou seja, não há investimento para que melhore a vida do povo”.

FAZER O RIO VOLTAR A CRESCER

“Você sabe o que aconteceu no Rio de Janeiro, quando eu era presidente. Descobrimos o pré-sal, recuperamos a indústria de óleo e gás, recuperamos a indústria naval, fizemos o maior investimento de obras públicas que já aconteceu”, disse o ex-presidente.

“E nós vamos voltar a fazer o Rio de Janeiro crescer outra vez. Crescer economicamente, gerar empregos, gerar riqueza para distribuir para o povo porque é isso que conta”, acrescentou Lula em conversa no programa Show do Antônio Carlos, da Super Rádio Tupi do Rio.

De acordo com o ex-presidente, em vez de aparecer mais nas páginas policiais, o Estado extraordinário que é o Rio de Janeiro deveria aparecer mais nas páginas econômicas, de desenvolvimento e aquelas que tratam de educação, turismo e cultura.

LULA NO RIO DE JANEIRO

Na entrevista, Lula disse que vai ter agenda na terça e quarta-feira (12) no Estado. No primeiro dia, ele tem atividade de campanha em Belford Roxo. No dia seguinte, ele faz caminhada no Complexo do Alemão, para conversar com o povo e buscar mais votos para o segundo turno.

Nessa ida ao Estado, a ideia é comparar o que ele fez pelo Estado em relação com o que o adversário fez.

“Vou discutir com o povo do Rio de Janeiro, vou tentar ganhar mais votos no Rio de Janeiro porque a minha disposição é ganhar no Rio de Janeiro”.

No primeiro turno, Bolsonaro obteve 51,09% (4.831.018 votos). E Lula, 40,68% (3.846.987 votos). O ex-presidente quer tirar essa diferença.

M. V.

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