
O presidente Lula empossou nesta segunda-feira (10) a deputada federal Gleisi Hoffman (PT-PR) como ministra das Relações Institucionais e Alexandre Padilha ministro da Saúde.
Também participou do evento o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Gleisi, licenciada da Presidência do PT, disse que entra no governo “para somar. Foi essa missão que recebi e pretendo cumprir em um governo de ampla coalizão, dialogando com as forças políticas do congresso e as expressões da sociedade, suas organizações e movimentos”.
“Chego para colaborar com todos os ministros e ministras (…) respeitando o espaço de competência de cada um e cada uma”, continuou.
“Tenho plena consciência do meu papel, que é da articulação política. Estarei aqui para ajudar na consolidação das pautas econômicas deste governo, para dar apoio e execução aos programas”, acrescentou Gleisi.
A nova ministra de Relações Institucionais ainda falou que o governo fará esforço para aprovar a isenção do Imposto de Renda para quem tem renda de até R$ 5 mil.
Para ela, essa é uma “questão de justiça”. “Hoje, uma professora que ganha R$ 5 mil paga 27,5% de Imposto de Renda, enquanto cerca de 150 que ganham muito pagam menos de 10%. Essa medida vai ajudar milhões de brasileiros”.
ALEXANDRE PADILHA
Alexandre Padilha disse que o foco do governo estará em reduzir a fila para atendimentos especializados, combater o negacionismo e valorizar os profissionais da saúde.
Padilha deixou o Ministério de Relações Institucionais, que agora será chefiado por Gleisi Hoffmann, e assumiu o cargo de Nísia Trindade. Em discurso, ele agradeceu Nísia e sua equipe “pela reconstrução do Ministério da Saúde depois de anos tão sombrios”.
Alexandre Padilha é médico infectologista formado pela Universidade de São Paulo (USP), já tendo sido ministro da Saúde no segundo governo Lula e no primeiro governo Dilma.
Ele falou que sua “obsessão” nesta nova gestão será “reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país”.
“Todos os dias vou trabalhar para buscar o maior acesso e o menor tempo de espera para quem precisa de atendimento”, falou. Segundo o ministro, “não há solução mágica para um gargalo que ultrapassa décadas e se agravou com a pandemia e o descaso do governo anterior”.
“Assumo aqui o compromisso de trazer esse desafio histórico para o centro de nossas ações, de toda a equipe e órgãos do Ministério da Saúde. Vamos entendê-lo, enfrentá-lo e vencê-lo. Será mais que uma prioridade, será nossa agenda de trabalho”, continuou.
O ministro, ainda, disse que terá como “inimigo” o “negacionismo e as ideologias que desprezam a vida. Negacionistas, vocês têm as mãos sujas com o sangue de todos aqueles que partiram na pandemia de Covid-19. Esse governo não permitirá que a perversidade de vocês gere indiferença e desprezo à vida das nossas crianças e das famílias brasileiras”.
“Não permitiremos que discursos irresponsáveis e mentiras, por vezes propagadas de maneira criminosa, nos impeça de proteger a vida e o futuro das nossas famílias”. Padilha completou a fala mencionando um “amplo” movimento pela vacinação.
Em discurso sobre sua passagem na Saúde, Nísia Trindade mencionou ter encontrado “um Ministério da Saúde desmontado e desacreditado”, que “perdeu a autoridade de coordenar o SUS após a terrível experiência de 700 mil mortes por Codiv-19 no governo passado”.