Nesta segunda-feira (12), a ministra Simone Tebet reuniu-se com as centrais sindicais CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CSB, Intersindical e Pública, no Sindicato dos Químicos de São Paulo, para discutir as diretrizes do Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal. O plano estabelece objetivos e metas a serem seguidos pelo governo nos próximos anos e deverá ser apresentado até o dia 31 de agosto e apreciado pelo Congresso Nacional.
Durante o evento, as centrais entregaram para a ministra o documento fruto da Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat) com 63 pontos que compõem a pauta dos trabalhadores. Sérgio Nobre, presidente da CUT, destacou que num país democrático “a participação da classe trabalhadora será fundamental nas decisões dos rumos do país, com crescimento e emprego de qualidade”.
“Não somos invisíveis como pouco tempo atrás. Não vai ser fácil. Essa reconstrução tem que ser solidária, planejada, e passar credibilidade para a população”. “Nós estamos aqui para ter um Brasil cidadão, de distribuição de renda. O salário mínimo já foi um bom começo”, afirmou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, enfatizou a importância de um Plano Plurianual participativo, como “um instrumento que permite à sociedade civil opinar direta e efetivamente sobre as propostas do governo para o país voltar a crescer com justiça social e distribuição de renda.[…] Temos propostas para a economia, geração de empregos e renda”, afirmou Miguel Torres.
Representando a CTB, o vice-presidente Renê Vicente destacou que a pauta das centrais inclui medidas para “a valorização do trabalho, distribuição de renda e visa combater a brutal desigualdade que impera em nosso país, onde mais 30 milhões de famílias ainda vivem em situação de insegurança alimentar”.
A ministra reiterou que o governo irá ouvir e dialogar com os setores para a construção do plano como proposta de reconstrução do Brasil, sem deixar para trás os que mais precisam de atenção economicamente. “O PPA está sendo discutido para o Brasil voltar a crescer, gerar empregos e se desenvolver. Esta agenda da classe trabalhadora irá ajudar a fundamentar o PPA”, disse Tebet.
De acordo com Tebet, mais de 18 mil pessoas participaram até agora das plenárias do PPA Participativo em 11 estados e que serão realizadas ainda nos demais estados e Distrito Federal. Ainda de acordo com a ministra, a Plataforma Brasil Participativo já reúne mais de 165 mil usuários, 176 mil votos e duas mil propostas.
Mônica Veloso, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), também defendeu a importância do diálogo entre os movimentos sociais e o governo na construção de um país voltado para o crescimento e desenvolvimento.