Parisienses pedem renúncia de Macron ao vê-lo no teatro

Manifestantes protestaram do lado de fora do teatro Bouffes du Nord onde Macron assistia à peça "La Mouche".

O presidente da França Emmanuel Macron e sua esposa, Brigitte, foram repudiados e vaiados por manifestantes quando assistiam uma peça no teatro Bouffes du Nord, em Paris, na sexta-feira (17).

As pessoas entoavam frases como “Todos juntos, greve geral” ou “Macron demissão”, protestando contra a reforma da Previdência que o governo pretende realizar.

O casal teve que ser retirado da sala e evacuado do teatro pela sua segurança em um automóvel, acompanhados por motos, e xingados pelos manifestantes. Macron e Brigitte assistiam a peça “La Mouche” e foram vistos pela plateia, segundo informou a rádio France Info.

Espectadores publicaram no Twitter que o casal estava presente no local incitando a que opositores participassem do protesto.

Um grupo tentou entrar ao teatro. Mas a polícia os controlou e em momento algum o espetáculo foi interrompido. Os manifestantes e a população em geral filmavam o que ocorria e subiam os vídeos às redes sociais, dando muita repercussão ao acontecido.

O jornalista Taha Bouhafs, que divulgou a presença de Macron no teatro, foi detido durante os incidentes.

Mais tarde, um restaurante frequentado pelo mandatário francês foi alvo de uma tentativa de incêndio.

Desde que o projeto de reforma da Previdência foi apresentado, no dia 5 de dezembro passado, Macron tem enfrentado protestos dos caminhoneiros, professores, advogados e médicos e outras categorias, além de greves nos transportes. Na sexta-feira, antes do episódio do teatro, a entrada do Museu do Louvre foi bloqueada por sindicalistas.

Apesar do recuo do governo de Macron propondo negociações que se iniciariam com a retirada do item de elevação da idade para a aposentadoria completa de 62 para 64 anos, a maior parte do movimento sindical francês mantém o movimento exigindo a retirada total do projeto de ataque aos direitos previdenciários. O governo quer a fusão dos 42 atuais regimes de previdência, organizados por profissões, e o estabelecimento de um novo sistema de cálculo, único e exclusivo por pontos.

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