Petroleiros realizaram protestos contra a privatização de cinco refinarias e da Liquigás, na manhã de sexta-feira (16), em frente à sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro e nas unidades da estatal no Litoral Paulista.
De acordo com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o ato foi realizado na sexta por se tratar do último dia marcado pelo governo Bolsonaro para que possíveis compradores se credenciassem para compra de ativos nos segmentos de Gás Natural e Refino, disponibilizados no programa de privatização da Petrobrás.
“As mobilizações aconteceram nacionalmente e objetivou denunciar a venda das refinarias da Petrobrás anunciada pela direção da estatal, assim como os prejuízos para o Brasil com a política de preços de combustíveis adotada pela empresa, de reajuste com maior periodicidade”, explica a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse novamente que pretende privatizar a Petrobras, em seminário sobre gás natural, na capital fluminense. Guedes afirmou que Jair Bolsonaro tem se mostrado cada dia mais animado com a ideia de privatizar empresas, e que já disse ao presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, “para ficar alerta”. Na sequência, Guedes declarou que sua fala se tratava de uma “brincadeira” e “especulação”, mas voltou a repisar sua opinião a favor de “privatizar tudo”.
Para o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, mesmo com o desmentido, as declarações comprovam o “DNA entreguista” e o “descompromisso” do atual governo com a gestão da estatal.
“Para a retomada do crescimento, a Petrobras é fundamental. Quando falam em privatização, não tem novidade nenhuma. O DNA deles é entreguista, que cada vez mais visa a aprofundar esse fosso social que vive o nosso país. Se pensam que vão fazer isso, sem que haja luta e resistência, estão bastante enganados”, afirmou Rangel em ao Jornal Brasil Atual.