A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizaram um Seminário Nacional de Greve, no último sábado, 31, no Rio de Janeiro.
O encontro teve como objetivo preparar a categoria frente às medidas da diretoria da Petrobrás que busca acabar com os avanços conquistados nos últimos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) e barrar o processo de sucateamento e privatizações que o governo Bolsonaro conduz.
Trabalhadores e a estatal negociam novos termos para a renovação do acordo coletivo, que venceu no último dia 31 de agosto. A diretoria da empresa propõe redução nos valores pagos aos trabalhadores pelas horas extras e reposição salarial de apenas 70% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para medir a inflação período.
Nas últimas semanas, as assembleias da categoria rejeitaram a proposta da Petrobrás que retira direitos do ACT. Diante do impasse na negociação coletiva, a diretoria da empresa notificou as federações que irá recorrer à mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) com a alegação de que não pode avançar nas negociações com reposição da inflação, e manutenção dos direitos conquistados.
Os trabalhadores denunciaram assédios cometidos pela diretoria da empresa que tenta coagir os trabalhadores a votarem a favor da proposta de redução de direitos. Segundo os sindicalistas “supervisores, coordenadores e gerentes foram forçados a comparecer em assembleias para votarem a favor da proposta da direção da Petrobrás e solicitaram que os seus subordinados fizessem o mesmo”.
“Por isso, a hora é de máxima união entre as federações e todos os petroleiros por nenhum direito a menos e contra o desmonte da Petrobrás.” afirmam as Federações.
