Picareta diz ao STF que os 51 milhões em apê era “simples guarda de valores”

A defesa de Geddel Vieira Lima, que foi um dos ministros mais próximos a Temer, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação de sua prisão. O pedido, encaminhado na sexta-feira (23) ao ministro Edson Fachin, tem como base no salvo-conduto concedido pelo tribunal a Luiz Inácio Lula da Silva até o julgamento de seu habeas corpus.

Os advogados citaram o julgamento no qual a Corte concedeu uma liminar para impedir que Lula seja preso até 4 de abril, quando o plenário do tribunal julgará o HC contra prisão após o fim da análise de recursos na segunda instância.

Geddel está preso preventivamente desde o dia 8 de setembro. A prisão ocorreu três dias depois que a Polícia Federal (PF) encontrou R$ 51 milhões em dinheiro em apartamento cedido ao político em Salvador. O dinheiro teria origem em um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal, quando ele era vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição entre 2011 e 2013.

A defesa do ex-ministro afirmou ao Supremo que a origem dos R$ 51 milhões decorre da “simples guarda de valores em espécie”.

A defesa alega ainda que, assim como Lula, Geddel não pode ser prejudicado “pela demora da prestação jurisdicional ao processado”, e pede para que ele seja libertado até que um agravo regimental apresentado em outubro do ano passado seja julgado. Fachin tinha negado liberdade para Geddel.

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