A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na manhã desta terça-feira (19), a conclusão do inquérito que confirma que o disparo que matou a menina Ágatha Vitória Sales Felix, de 8 anos, partiu da arma de um policial militar. O caso ocorreu no dia 20 de setembro na localidade conhecida como Fazendinha, no Complexo do Alemão, zona norte da capital fluminense. A criança estava em uma Kombi quando foi baleada.
De acordo com o laudo da perícia criminal, a bala atingiu primeiro um poste e, depois, um estilhaço perfurou as costas da criança saindo pelo tórax. Ághata chegou a ser levada para a Unidade de Pronto-Atendimento do Morro do Alemão e, depois, transferida para a emergência do Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu.
Cerca de 20 pessoas foram ouvidas no inquérito, incluindo os pais da criança e o motorista da Kombi onde ela estava no dia da tragédia. De acordo com a Polícia Civil, houve um “erro de execução” que resultou na morte de Ághata.
O policial militar responsável pelo tiro fatal, contou aos investigadores que, com o seu fuzil, queria dar “um tiro de advertência” para forçar a parada de dois homens que estavam em uma moto.
Ainda segundo ele, a dupla teria fugido de uma blitz.
Ao mesmo tempo testemunhas ouvidas no inquérito dizem que o PM confundiu uma esquadria de alumínio, levada pelos homens da motocicleta, com uma arma.
Relatos incluídos no relatório apontam também que o PM autor do disparo estava sob forte tensão devido à morte de um colega de trabalho, três dias antes.
A Polícia Civil não divulgou o nome do policial responsável pelo disparo que vitimou a menina.
Ághata é uma das seis crianças que morreram vítimas de bala perdida no Rio de Janeiro, neste ano. Na semana passada, a sexta vítima foi Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, de 5 anos. A criança foi atingida enquanto ia de bicicleta com a mãe para a escola, em Realengo. A bala também teria partido de um policial militar que, teria como alvo, um jovem apontado como assaltante.
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