Após seis meses no comando da cidade de São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) vem cumprindo a promessa de dar continuidade à administração de Bruno Covas (PSDB), morto em maio vítima de um câncer.
Com apenas trocas pontuais no secretariado, o prefeito ainda busca se tornar conhecido pela população e adotou uma comunicação mais direta ao discursar e conceder entrevistas.
No início de novembro, Nunes entregou a primeira obra de sua gestão: o Parque Augusta Bruno Covas. O prefeito também antagonizou duas vezes com Jair Bolsonaro, sinalizando que pretende manter uma postura independente e distante das polêmicas que envolvem o presidente.
No começo da gestão, levantou-se a hipótese de que ele se alinhasse com o bolsonarismo em temas comportamentais, já que é católico praticante. O prefeito não seguiu esse caminho.
Ao contrário, marcou diferença em relação ao governo federal ao determinar a demissão de servidores comissionados que não se vacinassem contra a Covid-19. Três pessoas chegaram a ser demitidas nessas condições.
Quando o Ministério do Trabalho publicou portaria proibindo a demissão de funcionários não vacinados, a prefeitura paulistana manteve sua posição. Nunes considerou que a medida do governo federal era “inapropriada e sem sentido”.
O prefeito também criticou a postura do governo em relação à escalada no preço dos combustíveis no país, cenário em que as pressões para que a prefeitura autorize um aumento na tarifa do transporte público em São Paulo serão inevitáveis. Ele relacionou isso ao descontrole do governo federal sobre o preço do diesel, que aumentou 65%.