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Após uma disputa judicial, a Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo decidiu expulsar novamente o bolsonarista Pedro Baleotti, que gravou um vídeo durante as eleições de 2018 dizendo que a “negraiada vai morrer”. Ele se tornou réu por racismo e foi demitido do escritório de advocacia onde trabalhava.
A assessoria de imprensa do Mackenzie confirmou que, após novo processo administrativo instaurado na Corregedoria, Baleotti foi desligado da instituição em portaria publicada pela Reitoria em abril de 2019. A instituição após a divulgação do vídeo em outubro de 2018, logo o suspendeu. Em dezembro do mesmo ano, o aluno foi expulso, mas entrou com um recurso, gerando a disputa judicial.
A universidade informou que, após os trâmites institucionais, “o aluno foi expulso e receberá todos os documentos quanto aos créditos cumpridos”, pois “a instituição não coaduna com atitudes preconceituosas, discriminatórias e que não respeitam os direitos humanos”.
A nova expulsão de Pedro foi compartilhada nas redes sociais pelo Coletivo Negro AfroMack nesta sexta-feira (24). “É com um profundo sentimento de alívio que o Coletivo Negro Afromack informa que Pedro Baleotti, estudante do curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie está oficialmente expulso da instituição”, sustenta a publicação.
“A decisão veio a muito custo, seis meses praticamente de luta. A portaria publicada em abril e só divulgada agora aconteceu pois precisávamos de um aval da reitoria. Não publicamos antes por estar sem a assinatura do reitor, o que ficamos cobrando por um mês para termos esse documento oficial”, explicou uma integrante do coletivo. Os membros do grupo consideram que, ao se exporem, há risco de sofrerem represálias internamente.
O vídeo que motivou a manifestação mostra o eleitor de Jair Bolsonaro (PSL) indo votar no domingo em Londrina, no Paraná. Ele afirma: “indo votar a ao som de Zezé, armado com faca, pistola, o diabo, louco para ver um vadio, vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo. Tá vendo essa negraiada? Vai morrer! Vai morrer! É capitão, caralho”.
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