Renan diz que o morticínio “não ficará impune” e repele que CPI “não dará em nada”

Senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI. Foto: Jefferson Rudy - Agência Senado

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, afirmou que “o Brasil virou o cemitério do mundo” e isso “não ficará impune. Seria a desmoralização de todos nós da CPI”.

“Os fatos falam por si”, disse o senador, repelindo avaliações de a CPI não vai dar em nada. O Palácio do Planalto acredita que a CPI “não vai dar em nada” e que a população estaria desinteressada do assunto

No último sábado (8), o país ultrapassou a marca de 420 mil mortes pela Covid-19.

Renan Calheiros disse que “se houver provas sobre os morticínios, haverá, sim, responsabilização”.

“A CPI não é uma briga de governo e oposição. Nem de grupos ideológicos. Ela quer mostrar a verdade. E vai mostrar o que aconteceu e o que fizeram para salvar, ou não salvar, vidas”.

O relator da Comissão lembrou que ela “é aprovada por 70% da população”.

Os senadores que compõem a CPI não têm o poder de condenar alguém, mas as investigações podem servir de base para denúncias a serem feitas pelo Ministério Público ou outros órgãos.

No caso da CPI da Pandemia, está sendo investigada a atuação do governo Bolsonaro no combate à pandemia. Dois ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, mostraram que ao mesmo tempo em que Jair Bolsonaro atacava e boicotava a quarentena, ele tentava impor o uso da cloroquina.

Bolsonaro levou a médica Nise Yamaguchi a uma reunião com Mandetta e outros ministros, da qual também participou o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para tentar mudar a bula da cloroquina para inserir a farsa de que o medicamento ajuda no tratamento contra Covid.

O ex-ministro Eduardo Pazuello, que está fugindo da CPI, lançou um aplicativo para médicos que os orientava a receitar cloroquina para os pacientes com Covid e chegou a mandar para Manaus uma comitiva que foi propagandear o medicamento.

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