Na 10ª Cúpula de Presidentes de Parlamentos dos Países do G20 ou P20, que reuniu parlamentares de países membros do G20, líderes de diversos países exigem a ampliação do Conselho de Segurança da ONU
Participantes da 10ª Cúpula de Presidentes de Parlamentos do G20 – o grupo das 20 maiores economias do planeta -, que se encerrou em Brasília nesta sexta-feira, dia 8, defenderam reformas institucionais que apoiem a chamada governança global, como a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas que atualmente tem 5 membros permanentes com poder de veto (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos).
Os líderes de parlamentos também debateram novas poĺiticas para o desenvolvimento sustentável e medidas de enfrentamento da crise climática.
O presidente do parlamento da Turquia, Numan Kurtulmus, defendeu uma política de organização mundial mais igualitária. Segundo ele, houve um fracasso da ordem internacional em proteger países mais fracos e expressou que o massacre em Gaza é sinal da urgência de uma nova ordem mundial.
Tariq Altayer, vice-presidente do parlamento dos Emirados Árabes Unidos, também defendeu uma nova forma de organizar os países de forma a manter a paz e respeito aos direitos humanos. Ele também denunciou o desastre humanitário em Gaza e no sul do Líbano.
José Pedro Correia Aguiar-Branco, presidente do parlamento de Portugal, defendeu uma reforma nas regras internacionais contra violações dos direitos humanos e invasões de territórios nacionais.
Para ele, não pode deixar de haver punição para detratores e citou Gaza como exemplo. “Um mundo sem regras, baseado na lei do mais forte, não pode ser opção,” conclamou.
Puan Maharani, presidente do parlamento da Indonésia, defendeu o multilateralismo como nova plataforma para a reforma do Conselho de Segurança da ONU e repudiou a “indiferença de Israel aos apelos da comunidade internacional pelo fim do genocídio”.