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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a estatueta do Oscar de Melhor Filme Internacional à obra Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, estrelado por Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro.
“Hoje é o dia de sentir ainda mais orgulho de ser brasileiro. Orgulho do nosso cinema, dos nossos artistas e, principalmente, orgulho da nossa democracia. Eu e @janjalula estamos muito felizes assistindo tudo ao vivo”, afirmou o presidente em suas redes sociais após a premiação.
E acrescentou:
“O Oscar de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui é o reconhecimento do trabalho de Walter Salles e toda equipe, de @oficialfernandatorres e @fernandamontenegrooficial , @seltonmello , do @marcelorubenspaiva e família e todos os envolvidos nessa extraordinária obra que mostrou ao Brasil e ao mundo a importância da luta contra o autoritarismo. Parabéns! Viva o cinema brasileiro, viva Ainda Estou Aqui“.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, resgatou o clima carnavalesco em torno da conquista do Oscar: “O clima do Carnaval invadiu o Oscar! VIVA O CINEMA BRASILEIRO! Essa é a reação do povo no Pelourinho, em Salvador, com o primeiro Oscar do Brasil! Ganhamos o de Melhor Filme Internacional!!”, afirmou.
Por sua vez, a presidente nacional do PT e futura ministra das Relações Institucionais, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), celebrou, nas redes sociais, a vitória de “Ainda Estou Aqui”, na categoria Melhor Filme Internacional, no Oscar 2025.
“Ganhamos! Brasil tem o Oscar! Estamos aqui! Vitória da democracia!!! Maior orgulho! Viva Walter Salles! Viva Fernanda Torres! Entre nós, Eunice Paiva e Rubens Paiva!”, escreveu no próprio perfil durante a madrugada desta segunda-feira (3).
Já a presidente do BRICS, Dilma Rousseff, ex-presidente da República, divulgou em suas redes que “O Oscar de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui é um reconhecimento da força da cultura brasileira. Uma homenagem merecida ao nosso cinema, ao diretor Walter Salles, às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, ao ator Selton Mello e a toda a equipe do filme”.
O deputado Orlando Silva, do PcdoB de São Paulo, também foi às redes para celebrar a vitória do cinema brasileiro. Disse ele: “HISTÓRICO! A vitória de Ainda Estou Aqui como melhor filme internacional coroa a obra fantástica e a rica trajetória do cinema brasileiro. Será um grande impulso para nossa sétima arte. Parabéns a Walter Salles e todo o elenco, especialmente a genial Fernanda Torres”.
“Ainda Estou Aqui” disputou o troféu de Melhor Filme Internacional com “A garota da agulha” (Dinamarca), “Emilia Perez” (França), “A semente do fruto sagrado” (Alemanha) e “Flow” (Letônia). A categoria foi anunciada pela atriz Penélope Cruz.
“Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande em um regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir… Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, disse Walter Salles durante seu discurso e agradecimento. Na entrevista coletiva que concedeu na sequência, afirmou que o prêmio “é para a cultura brasileira”.
MÍDIA INTERNACIONAL
A agência Reuters destacou o impacto da vitória para a indústria cinematográfica brasileira, classificando o filme como “um testemunho poderoso da resiliência de uma nação que ainda lida com as cicatrizes de seu passado.” O New York Times enfatizou a mobilização popular em torno do longa e de sua protagonista, Fernanda Torres, cuja performance arrebatadora lhe rendeu uma indicação ao prêmio de Melhor Atriz.
O jornal argentino La Nación destacou a importância da vitória de Ainda Estou Aqui para o cinema brasileiro, enfatizando que o país fez história ao conquistar o prêmio de Melhor Filme Internacional.
O New York Times publicou que, com a vitória, “Ainda Estou Aqui não apenas inscreve o Brasil na história do Oscar, mas reforça a relevância do país no cinema mundial. O mundo finalmente está ouvindo o que o Brasil tem a dizer.”
O The Hollywood Reporter apontou que “a presença de Ainda Estou Aqui entre os indicados a Melhor Filme – um feito raríssimo para produções não faladas em inglês – foi um reflexo do crescimento da influência do cinema brasileiro no cenário internacional”. A publicação também mencionou o impacto político do filme, que reacendeu debates sobre os crimes da ditadura militar e inspirou novos pedidos por justiça.
O longa conta a história real de Eunice Paiva (papel de Fernanda Torres), advogada e ativista que passou 40 anos procurando a verdade sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello). O ex-deputado federal foi assassinado durante a ditadura que durou 21 anos no Brasil.