De tornozeleira eletrônica, a pastora acusada de assassinar o marido falou da “felicidade em participar desse momento e ter apoiado desde o início o novo presidente que nesse momento discursa em sua posse”
A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), acusada pela emboscada que resultou no assassinato com vários tiros do marido, Anderson do Carmo, que era pastor evangélico, comemorou em suas redes sociais a vitória do deputado Arthur Lira (PP-AL) na eleição para presidente da Câmara dos Deputados.
“Vencemos. Minha felicidade em participar desse momento e ter apoiado desde o início o novo presidente que nesse momento discursa em sua posse”, disse a deputada, que responde pelo crime na Justiça e na Comissão de Ética da Câmara.
A festa da deputada assassina coincide com a comemoração da “conquista” pelo submundo bolsonarista.
Obrigada a usar tornozeleira eletrônica, ela disse que “chegou o momento de avançar’, e que a eleição do alagoano “representa um novo momento na política brasileira”.
“A expectativa é de muita esperança e muito trabalho, temos grandes desafios na Câmara dos Deputados esse ano”, escreveu. “Tais como: reforma administrativa e tributária, um dos temas sensíveis e que precisam de uma análise cuidadosa”.
Flordelis é acusada de ordenar a morte do próprio marido, Anderson do Carmo, em 2019. O crime ocorreu na casa da família e teria o envolvimento de alguns dos 55 filhos biológicos e adotivos da parlamentar.
Há relatos feitos durante as investigações do crime que Flordelis e o marido pastor frequentavam casas de swing (sexo grupal) e promoviam relações sexuais entre os integrantes da família.
Uma de suas filhas recentemente confessou que o pastor a molestava sexualmente e que, por isso, teria participado da armadilha montada por Flordelis para efetivar o assassinato do marido.
Além da festa da deputada, a conquista do cargo por Lira foi comemorada também por cerca de 300 pessoas até a madrugada numa festa realizada em uma mansão no Lago Sul da capital.
Para anexar a Câmara ao Planalto, Bolsonaro usou verbas públicas – cerca de R$ 3 bilhões – que estão faltando para enfrentar a tragédia da falta de leitos e de oxigênio em Manaus e a disparada de mortes pelo Brasil afora. Todo esse estupro ao Parlamento foi arquitetado por ele para eleger seu apadrinhado, Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara.
