A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, que é aliada de Jair Bolsonaro, posicionou-se contra a aplicação de multas aos que estão organizando e participando dos atos golpistas e a apreensão da estrutura que foi montada.
O pedido inicial partiu do Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), visando encerrar esse movimento golpista.
Em locais em que não conseguiram bloquear estradas, os golpistas tentaram derrubar pontes com cortes nas estruturas ou com uso de bombas. Além disso, trocaram tiros com policiais militares para continuar bloqueando estradas.
Os atos bolsonaristas estão pedindo um golpe militar com Jair Bolsonaro no poder. Mesmo assim, Lindôra Araújo não quer quem participe seja punido.
A vice-procuradora-geral da República falou que é contra a “individualização de responsabilidades” e “aplicação de medidas coercitivas a pessoas físicas”.
Buscando encerrar a movimentação golpista, o MP-MT pediu para que as pessoas físicas e jurídicas que participarem ou derem apoio aos atos fossem multadas em R$ 20 mil e R$ 100 mil, respectivamente.
Para a aplicação das multas, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso (SSP-MT) passaria para o Supremo Tribunal Federal (STF) o CPF dos participantes identificados.
O procurador-geral do MP-MT, José Antônio Borges Pereira, também pediu para que as estruturas, como tendas, banheiros químicos e barracas, que são usadas nos acampamentos golpistas fossem apreendidas. Lindôra Araújo também foi contra esse tipo de ação.
Lindôra Araújo já se reuniu com Jair Bolsonaro duas vezes, mas em segredo. A ela foi prometido o cargo de procuradora-geral da República caso Augusto Aras, atual ocupante do posto, fosse indicado para o Supremo Tribunal Federal.
Contudo, o plano sinistro foi por água abaixo com a eleição de Lula.
Segundo o Metrópoles, Lindôra e Bolsonaro ainda trocam mensagens por Whatsapp.