Para o lobista de armas, Eduardo Bolsonaro, o “02”, conhecido também como “Dudu bananinha”, traficantes são melhores do que professores críticos, que ele chama de “professor doutrinador”
Num ato organizado por lobistas de armas no mesmo local onde as hordas de terroristas inconformados com a derrota de Bolsonaro se juntaram para depredar as sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro deste ano, o filho do golpista defendeu traficantes de drogas e agrediu professores e educadores. Ao lado de cartazes pedindo armas, ele fez apologia ao ódio, à violência e à distribuição desenfreada de armamentos controlados para as milícias.
Como um dos porta-vozes da delinquência bolsonarista, ele disse que é melhor ter traficantes dando aulas nas escolas do que ter aquilo ele ele chamou de “professores doutrinadores”. “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando a opressão em todo o tipo de relação”, afirmou ele.
Não se podia esperar nada diferente de alguém que virou garoto-propaganda de fuzis, metralhadoras, granadas, machadinhas e outros instrumentos usados por criminosos e assassinos invasores de escolas.
Também não podia vir nada diferente de alguém que, junto com seu pai, trabalhou durante quatro anos para destruir a Educação Brasileira.
Eles fizeram isso queimando livros, colocando malucos completos no ministério, cortando verbas das universidades, congelando merendas ou criando um clima de terror, de caça às bruxas e macartismo nas escolas. Chegaram a insuflar que “nazistas” passassem a ameaçar professores com armas apontadas para suas cabeças.
“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando a opressão em todo o tipo de relação”, afirmou ele
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, preocupado com a proliferação de massacres em escolas estimulada por discursos de ódio na internet, afirmou no domingo (9) que determinou que a Polícia Federal apure os discursos no ato armamentista em Brasília, do qual participou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “É necessário avaliar se houve incitação ao crime”, disse. Parlamentares entraram com pedido de julgamento pelo crime de incitação contra professores.
A Polícia Federal (PF) anunciou que vai analisar o conteúdo do discurso para avaliar a presença de possíveis crimes de incitação à violência contra professores no discurso fascista do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele disse que professores piores do que traficantes ao participar de um evento pró-armas no Distrito Federal. Foram discursos deste tipo que fizeram aumentar a violência nas escolas e levaram as hordas bolsonaristas a invadirem o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
O deputado André Janones (Avante) fez duras críticas às declarações de Eduardo Bolsonaro. “É isso mesmo, ele consegue atacar a educação e defender bandidos ao mesmo tempo”, escreveu o parlamentar. A deputada Sâmia Bomfim (Psol) afirmou que “Eduardo Bolsonaro é um covarde! Num país marcado por atentados contra escolas, utilizar palanque de um evento armamentista pra incitar ódio contra professores e os igualar a bandidos é crime! Não vai ficar impune, estou acionando a PGR contra esse fascista agora mesmo!”.