O presidente Lula foi eleito para promover as mudanças necessárias por um projeto nacional de desenvolvimento. Para isso, precisa da força dos trabalhadores. Começando por reduzir os juros, antes que a esperança se transforme em desilusão.
No que depender do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e seu fiel escudeiro, presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a derrama de recursos públicos para o rentismo, através do pagamento de juros, vai aumentar para 15,25%. Mais de R$ 100 bilhões por mês. Isso é mais que o dobro do orçamento da Saúde, da Educação e do Bolsa Família somados.
Os juros da dívida pública são um dreno da força de trabalho dos brasileiros para o exterior, promovido pelo próprio Estado, que age a serviço da banca internacional, como o Estado Colonial que promoveu a derrama, contra a qual Tiradentes organizou a Inconfidência Mineira.
Aqui, faltam recursos para tudo. Os serviços públicos, a Segurança, a Educação e a Saúde estão na lona. Sem investimento público, a indústria vai definhando. Sem indústria, não tem emprego de qualidade. O salário mínimo é uma miséria, e a aposentadoria está pela hora da morte.
Quanto mais cedo Lula se livrar deles, melhor.
CARLOS PEREIRA
