“Palestina Livre” e “Parem os bombardeios”, bradaram os manifestantes, que exigiram um cessar-fogo imediato já, a entrada de ajuda humanitária e o fim do regime de apartheid e ocupação.
Com bandeiras palestinas e cartazes, 300 mil pessoas foram às ruas em Londres no sábado (21) para expressar sua repulsa aos crimes de guerra cometidos pelas tropas israelenses em Gaza, entre eles, o massacre do hospital Al Alhi e a ordem de deslocamento de 1,1 milhão de civis, e para exigir um cessar-fogo imediato, o fim da ocupação da terra palestina e do regime de apartheid. Os bombardeios de Israel já causaram 4 mil civis mortos – dos quais, 1500 crianças – e 13 mil feridos.
A manifestação – a maior dos últimos 20 anos – foi convocada pelas entidades Campanha de Solidariedade à Palestina, Amigos de Al-Aqsa, Coligação Pare a Guerra, Associação Muçulmana da Grã-Bretanha, Fórum Palestino na Grã-Bretanha e Campanha pelo Desarmamento Nuclear, para deter a barbárie em curso, com 2,2 milhoes de palestinos sob cerco, sem comida, água, eletricidade ou combustível, e bombardeios incessantes.
Bradando “Palestina livre”, o protesto começou em Marble Arch, perto do Hyde Park, percorrendo partes centrais da cidade, o Piccadilly Circus, antes de concentrar em Downing Street, diante da sede do governo britânico. A marcha também chamou a “acabar com a ocupação da terra palestina por Israel”.
“Estamos todos unidos para transmitir a mesma mensagem: queremos que a violência acabe. Pedimos um cessar-fogo imediato e que os suprimentos humanitários necessários sejam entregues com segurança ao povo de Gaza”, disse Ben Jamal, diretor da Campanha de Solidariedade à Palestin.
A violência não terminará “até que se resolva a causa raiz, a ocupação militar de Israel”, que dura há décadas, ele enfatizou.
“Um genocídio está sendo realizado em meu nome… e estou aqui para dizer absolutamente não”, afirmou na manifestação Esther Jones, uma judia americana que reside em Londres.
Além de Londres, houve também manifestações em apoio aos palestinos em Edinburg e outras cidades. Em Cardiff, Maggie Morgan, da afiliada local da Campanha de Solidariedade Palestina, disse à BBC que os manifestantes no Reino Unido estavam “saindo às ruas como uma demonstração de solidariedade ao povo de Gaza, para mostrar o nosso apoio para eles, mas também para fazer o governo ouvir e dizer ‘não em nosso nome’, ‘não vamos permitir isso.”