Em coletiva à imprensa na sexta-feira (6), o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que 95% das pessoas internadas com sintomas de Covid hoje na cidade não tomaram sequer a primeira dose de uma das vacinas que estão sendo aplicadas.
O dado deixa claro a importância da vacinação, conforme argumentou o secretário, que se mostrou preocupado com o resultado da pesquisa, que consta do 31° boletim epidemiológico da cidade. “As vacinas funcionam, elas têm efeito, mas ainda há muita internação dos que não se vacinaram por motivos diversos”.
“Avançamos muito na vacinação de 40 a 59 anos, e isso diminui a internação nesse grupo, assim como a internação global na cidade, que vem diminuindo bastante. Agora, temos uma situação que merece atenção: só 5% das pessoas que se internam tomaram pelo menos a primeira dose da vacina. Noventa e cinco por cento das pessoas internadas são pessoas que não se vacinaram”, afirmou o secretário.
Com aumento de casos na cidade nos últimos dias, causado principalmente pela variante Delta, durante a coletiva, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou a prorrogação até 23 de agosto das medidas restritivas na cidade. O prefeito também falou da importância da vacinação, e insistiu para que os cariocas se vacinem.
“Só 5% das internações são de pessoas que se vacinaram. Quem está sendo internado é quem não tomou a primeira dose. Isso mostra a força da vacina e a importância de ir tomar a sua dose”, disse o prefeito.
A variante Delta já corresponde a 50% dos casos identificados na capital fluminense, e estudos internacionais apontam para a eficácia dos imunizantes aplicados no Brasil no combate à variante, o que corrobora a importância da vacinação.
A prefeitura informou que a única morte causada até agora na cidade pela variante Delta foi de uma senhora que se recusou a se vacinar.
“A maioria absoluta de casos da Delta é de síndrome gripal. Registramos um óbito. Foi de uma idosa que não se vacinou. Inclusive, segundo nossa investigação, ela não tinha se vacinado por opção, porque tinha medo das reações adversas e acabou não se vacinando”, disse o subsecretário de Vigilância em Saúde, Márcio Garcia.