Profissionais da Saúde demitidos de hospitais federais do Rio, em plena pandemia do coronavírus, fizeram um protesto na manhã desta terça-feira (3) em frente ao Hospital Federal dos Servidores, localizado na Zona Portuária, na região central da cidade.
400 funcionários foram demitidos. Eles fazem parte dos cerca de quatro mil profissionais contratados em regime temporário. O contrato terminou no dia 31 de maio, mas uma medida provisória prorrogou o contrato por mais seis meses. Mesmo assim, esses 400 foram demitidos.
“Em meio a essa pandemia, toda essa loucura que estamos vivendo. Nossos setores são importantes, centro cirúrgico e central de esterilização, e desses dois setores, 33 funcionários foram demitidos sem explicação nenhuma”, disse uma servidora à reportagem do G1.
Para os manifestantes, as demissões podem ser consideradas ilegais, já que, em 2017, o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) ajuizou uma ação para obrigar o Ministério da Saúde a renovar os contratos até a realização de um concurso para o preenchimento das vagas.
Uma tutela de urgência provisória foi concedida pelo juiz, mas o concurso para os hospitais federais não foi realizado até o hoje.
“Nossa equipe estava fazendo um trabalho bom, somos todos capacitados para trabalhar com Covid, equipe estruturada para trabalhar e fomos cortadas sem justificativa”, disse outra funcionária demitida.
A Defensoria Pública da União pediu à Justiça que intime o Ministério da Saúde para saber quais os critérios que serão utilizados na recontratação desses funcionários.