Modelo de trabalho “hibrido” está em funcionamento em 50 instituições de ensino. Maioria das aulas é destinada aos estudantes de 3º ano do Ensino Médio
Pelo menos 50 instituições de ensino da rede privada do Maranhão retomaram, na última segunda-feira (3), as aulas presenciais no estado. Com adoção do formato de ensino híbrido (com aulas online e presenciais) e não obrigatório, o primeiro dia foi marcado pela adoção de protocolos sanitários determinados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para a prevenção de novos casos da Covid-19.
Entre as medidas obrigatórias para o retorno às atividades, está o uso de máscara, suspensão do recreio, demarcação de espaços públicos e aferição da temperatura dos alunos e colaboradores. Na maioria das escolas, o retorno as atividades foi realizado somente com alunos do terceiro ano. Para outros níveis de ensino, a volta às aulas deve ser realizada na próxima semana.
O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Maranhão (Sinpe-MA), afirma que a retomada vai seguir os protocolos sanitários da Secretaria de Estado da Saúde (SES), como consta no decreto do governo do Maranhão, publicado em 30 de junho, e que dispõe sobre o retorno das aulas presenciais no estado.
A orientação do governo é que as possibilidades sejam avaliadas entre a escola e as famílias; e no município, fica a critério do gestor municipal, diante da avaliação das condições. O governador Flávio Dino (PCdoB) lembra que, por se tratar de relação de consumo, havendo retorno, haverá também fiscalização dos órgãos competentes, para constatar o cumprimento das normas sanitárias.
“Vamos nos proteger do coronavírus até que a ciência encontre uma vacina e consigamos debelar essa doença”, concluiu Flávio Dino.
Entre as medidas sanitárias impostas para a volta às aulas, está o uso obrigatório de máscara, suspensão do recreio e aferição de temperatura dos alunos e colaboradores.
As escolas também devem adotar as seguintes medidas: Criar um protocolo de segurança sanitária; Orientação constante sobre o uso e manuseio das máscaras; Proibição do uso coletivo de bebedouros; Adoção de garrafas de água individuais; Realizar a divisão das turmas em grupos; Distribuir álcool em gel para os alunos e instalar reservatórios com o produto nas dependências; Estabelecer horários diferenciados de entrada e saída; Escalar dias para as aulas presenciais; Distanciamento mínimo de 1,5 m entre os estudantes.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão revelam que o estado registou uma significante redução no número de internações por complicações da Covid-19. Atualmente, 478 pessoas estão internadas. Anteriormente, no auge da pandemia, o estado chegou a ter 1.700 pessoas internadas na rede estadual de saúde.
A ocupação de leitos de UTI no estado está em 43,94% e a taxa de ocupação dos leitos clínicos é de 28,15%, mesmo após o encerramento gradual de leitos exclusivos na capital e no interior. O estado chegou a ter 99% dos leitos ocupados.
REDE PÚBLICA
Na rede pública, a decisão do adiamento das aulas na rede estadual foi tomada após a 1ª fase de consulta popular, realizada com pais e responsáveis dos estudantes, no qual ficou constatado que 58% não estavam se sentindo seguros com o retorno das atividades pedagógicas, enquanto 42% acreditam que eles devem voltar.
Segundo Flávio Dino, as aulas presenciais nas escolas públicas só serão retomadas quando as famílias, os estudantes e os professores percebam que é seguro a volta às escolas. Flávio Dino disse que haverá fiscalização para constatar o cumprimento das normas sanitárias nas instituições particulares de ensino. Quanto à rede municipal, responsável pelo ensino fundamental, o governador lembra que o retorno fica a critério da avaliação das prefeituras.
“Até que tenhamos tudo definido, continuaremos com as atividades remotas, que foram realizadas em toda rede desde que paralisamos as aulas nas escolas, no início da pandemia do coronavírus. Posteriormente, vamos definir nova data para a retomada da 3ª série do Ensino Médio, bem como aos demais níveis de ensino da rede pública estadual”, reforçou também Felipe Camarão, secretário estadual de Educação.