“Foi o governo que não quis dar 13º para o Bolsa Família”, rebateu o presidente da Câmara
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que Bolsonaro “é mentiroso” por dizer que o presidente da Câmara é o responsável por não ter 13º para os beneficiários do programa Bolsa Família.
“É mentiroso. É quase uma molecagem”, reagiu Maia, lembrando que o governo não enviou nenhuma proposta ao Congresso contemplando o 13º aos beneficiários neste ano.
“Não teve 13º para Bolsa Família este ano porque presidente da Câmara deixou MP caducar”, mentiu Bolsonaro em transmissão numa rede social. “Vai cobrar do presidente da Câmara”, sugeriu a um seguidor.
Rodrigo Maia reagiu pautando para esta sexta-feira (18) a MP que estende o auxílio emergencial e assegurar o repasse natalino aos beneficiários do programa.
“O presidente Bolsonaro é mentiroso. Foi o governo que me pediu para não votar a MP [do 13º do Bolsa-Família]. Mas ele não se preocupe, porque amanhã nós estaremos votando a MP do auxílio emergencial e estaremos criando o 13º do Bolsa-Família. Já que o governo é a favor, vamos votar a criação do 13º do Bolsa Família na MP do auxílio emergencial”, declarou Maia.
“A única coisa que eu pedi ao relator da MP Marcelo Aro (PP-MG) é que incluísse a criação do 13º do Bolsa para atender o presidente Bolsonaro e que ele consiga com o presidente do Senado uma sessão na segunda (21) para votar”, disse Maia.
“Mas ele não se preocupe, porque amanhã [sexta-feira] nós estaremos votando a MP do auxílio emergencial e estaremos criando o 13º do Bolsa-Família. Já que o governo é a favor, vamos votar a criação do 13º do Bolsa Família na MP do auxílio emergencial”, declarou Maia.
O ato de Maia contraria Paulo Guedes, ministro da Economia, que esperava que essa MP nem fosse levada à votação para não abrir a possibilidade de uma nova prorrogação do auxílio emergencial para além de dezembro. Como a MP tem vigência de lei, o pagamento do auxílio até o fim do ano está sendo feito, mesmo que o texto não seja votado pelos parlamentares.
O 13º do Bolsa Família foi pago pela primeira vez no ano passado, mas a medida provisória que garantiu o benefício previa o desembolso apenas em 2019.
O Congresso chegou a propor no projeto de conversão da MP ampliar e deixar permanente o 13º para o Bolsa Família e incluir o pagamento da parcela extra a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda que já recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
As duas propostas foram incluídas no parecer do relator no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Mas o governo trabalhou contra a votação do texto no plenário da Câmara e do Senado para evitar a perpetuação do 13º do Bolsa Família. O texto perdeu a validade em 24 de março.
Bolsonaro durante estes dois anos de desgoverno mentiu por varias vezes e agora de novo além de tudo isto é arruaceiro. A verdade acima de tudo.