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O Instituto Butantan entregou nesta quarta-feira (17) mais 2 milhões de doses da vacina CoronaVac ao Ministério da Saúde. É a segunda maior remessa enviada ao governo federal. Na segunda-feira (15), o instituto já havia enviado o maior lote, com 3,3 milhões de doses.
Até o final deste mês, o Butantan entregará ao país o total de 22,7 milhões de doses.
O montante faz parte dos 46 milhões de doses inicialmente contratadas pelo Ministério de Saúde, que devem ser entregues até o final de abril, segundo o governo de São Paulo.
Os caminhões com carregamento da vacina deixaram a sede do Instituto por volta das 8h30. O governador João Doria (PSDB) esteve no local e acompanhou a liberação.
O governador de São Paulo, João Doria, destacou que a entrega de 5,3 milhões de doses nesta semana foi maior que o total de outras vacinas já distribuídas pelo governo federal até agora. “É mais do que a totalidade de qualquer outra vacina que o governo federal comprou e aplicou até agora. Em quatro dias, o Butantan fornece mais vacinas do que nos últimos dois meses e meio o Ministério da Saúde obteve de outros laboratórios”, disse o governador.
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas adiantou que, na próxima semana, serão entregues mais 5,2 milhões de doses e na última semana de março, 8,4 milhões de doses da CoronaVac, um novo recorde. Com isso, somente no mês de março, terão sido encaminhadas ao governo federal um total de 22,7 milhões de doses da vacina.
“E continuamos produzindo. Vamos completar em abril o primeiro contrato com o Ministério da Saúde de 46 milhões de doses e já ingressar no segundo contrato de 54 milhões de doses. E esperamos inclusive conseguir adiantar esse cronograma a partir de maio, quando terminamos a produção da vacina da gripe. A partir daí, poderemos dedicar as nossas duas linhas integralmente à produção da vacina contra Covid-19”, explicou o diretor do Instituto.
Para completar a produção das 46 milhões de doses do primeiro contrato com o Ministério da Saúde, a China precisa enviar matéria-prima para mais 6 milhões de doses, o que deve acontecer ainda em março. As demais 54 milhões de doses, objeto do segundo contrato, serão entregues até 30 de agosto. Para cumprir esse cronograma, o Butantan aumentou suas equipes e trabalha 24 horas por dia.
Dimas Covas reafirmou que a vacina do Butantan tem se mostrado eficaz em testes contra as novas variantes P.1 e P.2 da Covid-19, que são as predominantes no estado de São Paulo. “As pessoas que foram vacinadas, principalmente quem já recebeu a segunda dose, têm níveis de anticorpos que são suficientes para neutralizar tanto a P1 quanto a P2”, salientou.
Fiocruz entrega primeiro lote da AstraZeneca
Também nesta quarta-feira (17), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou as primeiras 500 mil doses do primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 produzidas em Bio-Manguinhos (RJ), com insumos importados da China. Outras 580 mil serão disponibilizadas até sexta-feira (19), totalizando 1 milhão e 80 mil doses entregues ao PNI.
Prevista inicialmente para fevereiro, a entrega do primeiro lote da vacina do laboratório AstraZeneca foi atrasada devido a uma falha no equipamento de envase da Fiocruz.
O ministro da Saúde de saída do governo Bolsonaro, Eduardo Pazuello, e o indicado para substituí-lo, cardiologista Marcelo Queiroga, participaram nesta quarta de um evento na Fiocruz, no Rio de Janeiro.
“Teremos matéria-prima para trabalhar por pelo menos mais dois meses. Então a gente está confiante de que a vacina vai chegar à população, que é o que a gente precisa. Chegar em quantidade, porque, agora, com a consistência de produção, a gente começa a distribuir quantidades maiores de vacina”, comentou o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma.