O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, declarou que o nome do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como presidenciável “enriquece muito o processo político nacional e transcende de forma definitiva o PSDB”.
Em entrevista ao jornal O Globo, Bruno Araújo diz que “dentro do PSDB, depois da própria provocação do Eduardo Jorge, começa um movimento muito forte de incentivo ao nome do senador Tasso Jereissati”. “Recentemente se intensificaram movimentos no sentido de convencê-lo a aceitar colocar o seu nome”, disse.
Eduardo Jorge foi candidato a presidente pelo PV e fez um texto sugerindo a candidatura de Tasso, que vai integrar a CPI da Covid-19.
“Fica aqui um convite público, para que ele aceite esse chamamento”, declarou o presidente do PSDB.
Sobre as candidaturas de João Doria, governador de São Paulo, ele afirmou que “o governador Doria tem muito mais ativos do que passivos”.
Acerca de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, Araújo indicou que “é um dos nomes mais relevantes dessa nova geração”. “É a juventude e a expectativa de crescimento na sua liderança política que ele leva como um ativo às prévias do partido”.
O PSDB tem prévias para escolher seu candidato a presidente da República marcadas para outubro.
O presidente da agremiação tucana disse que “é viável, é fundamental” a união dos nomes de centro para enfrentar Bolsonaro.
Segundo Bruno Araújo, o manifesto dos seis presidenciáveis divulgado no final de março e assinado por João Doria, Eduardo Leite, Ciro Gomes, Luciano Huck, Luiz Henrique Mandetta e João Amoedo “é o primeiro gesto público de que há diálogo real entre os principais protagonistas”.
“Não vamos reduzir para duas alternativas no campo do centro num jogo de dado. Vamos fazer com diálogo”, afirmou.
Bruno Araújo rebateu o questionamento sobre um possível obstáculo para a união dos nomes de centro representado pela visão econômica de Ciro Gomes.
“É fundamental a participação do Ciro Gomes. Aliás, (a visão econômica) não pode ser tão distinta porque a introdução de Ciro Gomes na sucessão ao governo do Ceará (em 1991), quando era tucano, se deu pela liderança do então governador Tasso Jereissati”, afirmou.
O presidente da legenda comentou sobre o papel da investigação da CPI da Pandemia, frisando que “foi indicado pelo PSDB um dos homens públicos mais respeitados e mais experientes da República, o senador Tasso Jereissati”.
“Será uma apuração com responsabilidade. Mais do que buscar culpados, precisamos apontar caminhos para essa grave crise de saúde e econômica que nós temos”, observou o presidente do partido.