O charlatão queria que a população estivesse pedindo sua fraude do kit-covid
Jair Bolsonaro segue em sua cruzada a favor do coronavírus e pela desmoralização da campanha de vacinação contra a Covid-19 . Usou a sua live desta quinta-feira (22) para reclamar que só se fala em vacina no país. Veja só que descalabro. “É impressionante como só se fala em vacina, né?”, resmungou ele, achando que seria melhor se o país não falasse em vacina e apoiasse a sua charlatanice da cloroquina, da ivermectina e outras “drogas milagrosas”.
Aliás, ao voltar a defender o uso dessas medicações que a ciência já demonstrou que não são eficazes contra a Covid-19, Bolsonaro evitou falar o nome delas para que, segundo ele, a live não caísse. É que o youtube está derrubando todas as fake news sobre vacinas e fraudes medicamentosas que contribuam para confundir a população em sua luta para superar a pandemia. “Eu tomei esse remédios e melhorei. Se precisar, tomo outra vez”, disse Bolsonaro, acrescentando, “cuidado com certa palavra para não cair a live”.
A droga a que ele se referia é a cloroquina. Já a vacina, ele diz que não vai tomar. Não quer tomar. Chegou a dizer até que quem tomasse podia morrer ou virar jacaré. Até a imunização de sua mãe, uma senhora de 93 anos, ele tentou impedir. Só não conseguiu porque o irmão mais velho fez questão da vaciná-la, mesmo com o capitão cloroquina jogando contra.
O sabotador das vacinas não usa máscara nas aglomerações que faz e ainda ataca o Instituto Butantan, que é quem está garantindo hoje a vacinação da população brasileira. Nove em cada dez vacina usadas hoje no Brasil são do instituto paulista. O recalcado do Planalto chamou a ButanVac, a nova vacina que está sendo desenvolvida no Butantan, de “vacina mandraque”.
Assim como ele faz com a CoronaVac, que ele chamava de “vachina”, e dizia que não a compraria de jeito nenhum, agora ele resolveu atacar a ButanVac, desenvolvida pelos pesquisadores do Butantan e que representa um novo avanço da ciência brasileira.
O espalha-vírus do Planalto realmente não quer que o Sars-CoV-2 seja destruído. Como disse o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), Bolsonaro age como um “amigo e parceiro do vírus”. Essas últimas demonstrações dadas por ele confirmam essa avaliação do governador.
Falando de uma vacina que ainda está em fase inicial de pesquisa na USP de Ribeirão Preto, e que tem pouca chance de ficar pronta a tempo para contribuir luta contra a atual pandemia, Bolsonaro disparou contra o Butantan. “Essa é 100% brasileira. Não é aquela mandraque de São Paulo, que tinha os Estados Unidos no meio”, ironizou.
A crítica foi para o governador paulista, João Doria, que está garantindo, como dissemos, mais de 90% das vacinas do PNI (Programa Nacional de Imunização) e, em março, anunciou a produção, pelo instituto, de uma nova vacina nacional.