O presidente Jair Bolsonaro nomeou a esposa do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), como conselheira da hidrelétrica Itaipu Binacional. Maria Aparecida Borghetti terá mandato na estatal até maio de 2024, com salário mensal de R$ 27.000. Ela vai substituir Carlos Marun, ex-ministro do governo Michel Temer.
Cida Borghetti, como é mais conhecida, foi vice-governadora de Beto Richa (PSDB) entre 2015 e 2018 e assumiu o cargo quando o titular renunciou para concorrer a uma vaga no Senado. Ela tentou a reeleição para o governo do Estado em 2018, mas ficou em 2º lugar.
A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União da quinta-feira (6), mesma data em que Ricardo Barros defendeu o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento precoce contra o novo coronavírus. “Se a cloroquina não faz mal, não tem porque proibir”, disse o líder do governo em entrevista à CNN.
Ricardo Barros é médico e já foi cotado para assumir o Ministério da Saúde.
Ele ignorou que a cloroquina e a hidroxicloroquina já foram testadas como alternativa de tratamento contra a Covid-19, mas não mostraram eficácia no combate à doença e podem trazer outros riscos à saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Originalmente, os medicamentos são utilizados para combater a malária e doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide.
Ao falar à emissora sobre a postura do governo federal no combate à pandemia, o político alegou que o Brasil fez sua parte.
“Não acredito que o governo seja negacionista”, opinou. Barros também contestou o uso de máscaras: “O uso da mascara é contestável, pois há milhões de estudos que apontam que usar a máscara não resolve, e tem muitos que dizem que sim. Tudo é uma opção”, arrematou, seguindo os passos de Bolsonaro.