Os trabalhadores metroviários de São Paulo estão paralisados desde às meia-noite desta quarta-feira (19). A decisão pela greve foi tomada em assembleia da categoria, nesta terça-feira (18).
A categoria reivindica que sejam garantidos o reajuste salarial e a Participação nos Resultados (PR), referentes aos anos de 2019 e 2020. Ainda de acordo com o Sindicato, na última segunda-feira (17), o Ministério Público do Trabalho (MPT) chegou a fazer uma proposta de conciliação que foi descartada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo.
“Não estamos pedindo aumento, estamos pedindo o reajuste inflacionário (do salário). É claro que, se vier alguma proposta de negociação, estamos dispostos a conversar e não paralisar o Metrô. Mas isso está nas mãos do governo e do Metrô”, afirmou mais cedo Camila Lisboa, uma das coordenadoras do sindicato.
Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo afirmou que participaram da assembleia online 3.162 servidores e que 2.448 (77,4%) votaram pela greve do metrô. De acordo com a categoria, a proposta do Metrô foi rejeitada por 88% dos votantes.
De acordo com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, os trens das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata estão com circulação restrita. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás funcionam normalmente.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (STM), em nota, informou que há uma liminar da Justiça do Trabalho que determina a manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$100 mil diários.