O deputado federal Renildo Calheiros (PE), líder do PCdoB, disse que “de acordo com o discurso” do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na CPI da Pandemia, está “tudo certo, nada errado”. Enquanto isso, o país atinge a marca de 440 mil mortos pela Covid-19.
“Pra quê CPI, afinal?”.
Em depoimento à CPI, Pazuello disse que deixou o Ministério da Saúde por “missão cumprida”.
Nos 10 meses em que esteve no governo Bolsonaro, o número de mortos por covid cresceu de 15 mil para 280 mil.
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), “o governo Bolsonaro é responsável pela morte de quase meio milhão de brasileiros”.
Orlando publicou em suas redes sociais a informação de que o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, “desmentiu Pazuello sobre a lorota de que Bolsonaro não mandou voltar atrás no contrato da CoronaVac, lembrando que a oferta foi feita em julho e a assinatura apenas em janeiro”.
Em depoimento, Pazuello tentou enrolar os senadores falando que as diversas vezes em que Bolsonaro disse que não iria comprar vacinas eram apenas bravata e que, na verdade, ele dava total liberdade para o Ministério da Saúde adquirir os imunizantes.
Sem prazo e sem previsão de nada, Pazuello chegou a dizer que a vacinação começaria no “dia D e hora H”.
Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde que foi demitido por Bolsonaro por defender medidas de quarentena e ser contra o uso de cloroquina em tratamento de Covid, ironizou: “Dia D, hora H. Omissão cumprida”.