As manifestações de repúdio ao presidente Bolsonaro, marcadas para sábado (19), já estão previstas para acontecer em cerca de 400 cidades em todo o país, segundo os organizadores do protesto.
O repúdio à política genocida de Bolsonaro, à sabotagem do Governo Federal às medidas de combate à pandemia, na semana em que o país se aproxima das 500 mil mortes, deve levar uma multidão às ruas, segundo as diversas entidades do movimento social, centrais sindicais, entidades estudantis, sindicatos, associações e federações profissionais, partidos e políticos que estão à frente do movimento.
Para evitar a propagação do vírus, os organizadores têm feito campanhas para que os manifestantes mantenham distanciamento social, utilizem máscaras PFF2 e álcool em gel durante todo o protesto.
As principais pautas das manifestações são a exigência de vacinas para todos, auxílio emergencial de R$ 600, a denúncia do corte de verbas das universidades e institutos federais, e um retumbante grito de “Fora Bolsonaro”.
“O governo federal não tem qualquer controle sobre a crise sanitária instalada pela pandemia. Suas escolhas são responsáveis por milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas se o presidente tivesse adotado as medidas de prevenção e proteção à vida, preconizadas pela ciência, medicina e OMS, e atuado para produzir e comprar vacinas”, afirmam as centrais sindicais CTB, CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB, em nota em que convocam os trabalhadores para os atos contra Bolsonaro no sábado.
Além do mais que urgente combate à pandemia, as centrais também alertam para a grave crise econômica que assola o país e afirmam que “é fundamental” a promoção de ações que recoloquem o país “na trajetória de um projeto de desenvolvimento que incremente a produtividade de toda a economia, gere empregos de qualidade e promova o aumento da renda do trabalho; que combata todas as formas de desigualdades, a pobreza e a miséria”, afirmam.
As entidades também denunciam “os ataques às instituições, às liberdades e ao Estado Democrático de Direito” promovidos por Bolsonaro e convocam os trabalhadores à resistência, “ampliando ainda mais os laços de solidariedade e de unidade do campo democrático”.
“Portanto”, afirmam, “não é possível aceitar como normal caminhar passivamente rumo a 500 mil mortes!”.
“O governo federal, com seu negacionismo, é responsável pela intencional descoordenação no enfrentamento da crise sanitária e econômica, pela carestia, pela fome e pelos extensos desmontes de políticas públicas nas áreas de educação, saúde, segurança, ciência, cultura, pesquisa, proteção social, entre outras. Diante das mortes, do desgoverno, dos ataques ao Estado Democrático de Direito, as centrais sindicais afirmam: Basta! E declaram: Fora Bolsonaro!”.