As centrais sindicais reiteraram em reunião nesta quarta-feira (30) a convocação às manifestações marcadas para o próximo sábado (3) contra Bolsonaro, diante das novas denúncias envolvendo esquema de corrupção na aquisição de imunizantes pelo governo Bolsonaro.
O Fórum das Centrais, que reuniu Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CUT, CGTB, Intersindical, CSP Conlutas e Pública, realizará plenária preparatória para o ato nesta quinta-feira, 1º de julho. As centrais também aprovaram a realização de um dia nacional de mobilização na primeira semana de agosto junto com os servidores públicos.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, ressaltou a importância dos atos neste momento de descaso do governo federal com a pandemia, de aumento do desemprego e economia pífia. “Faremos um ato conjunto com partidos progressistas, organizações sindicais e sociais e lideranças políticas visando sensibilizar os parlamentares e a sociedade sobre as atitudes antidemocráticas do governo federal”, ressalta.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), também reforçou que a central “vai estar presente com força junto com as outras centrais” nas manifestações de sábado.
Para Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o governo de Bolsonaro “é um crime continuado que precisa ser interrompido”. “A CTB reitera seu apoio à campanha nacional Fora Bolsonaro e considera que o caminho que se desenha para alcançar este objetivo é o impeachment”, completou Adilson.
Ubiraci Dantas (Bira), presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), declarou que “as centrais sindicais decidiram apoiar, divulgar e mobilizar os atos do dia 3 de julho”. “Ninguém aguenta mais os desmandos praticados pelo genocida Bolsonaro. Mais de 500 mil mortos pela COVID-19 pela irresponsabilidade do governo Bolsonaro, como revelado graças à CPI. Então vamos às ruas para derrubar o genocida e apoiar a Frente Ampla que se formou no Congresso Nacional através da CPI”, conclamou Bira.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, José Pereira dos Santos enfatizou a importância das mobilizações do próximo sábado, “principalmente agora com as denúncias que estão surgindo através da CPI. Mas ainda precisamos tomar todos os cuidados porque ainda estão morrendo muitas pessoas por conta da pandemia”, alertou.
Pereira lembra que, enquanto o povo está morrendo, o governo Bolsonaro está, de acordo com as últimas denúncias, condicionando a compra de vacinas em supostos esquemas de corrupção. “Para Bolsonaro, quanto menos pessoas vacinadas melhor, porque as pessoas acabam com mais receio de ir para às ruas durante os atos”, disse Pereira.
“Ainda está morrendo muita gente, a vacina atinge só cerca de 25% na primeira dose e 12% com a segunda. Precisamos garantir vacina, primeira e segunda dose, para pelo menos 50% da população para que o povo tenha mais conforto de estar nas ruas”, completou.
“O que nós queremos é ter uma economia forte e, sem emprego, não tem economia forte, não tem consumo. Não adianta Bolsonaro ficar dizendo que o agronegócio está aumentando as exportações se aqui dentro o povo está passando fome. Não adianta só levar comida para fora do país, nós temos que dar comida para o povo aqui”, completou Pereira.
A Centra Única dos Trabalhadores (CUT) também divulgou nota em apoio às manifestações. “Os fatos expostos pela CPI da Covid no Senado Federal, na última sexta-feira (25/06), vêm acrescentar à já conhecida incompetência do governo Bolsonaro e negação das recomendações da medicina e da ciência o ingrediente da corrupção na compra das vacinas, tornando ainda mais urgente a denúncia e a mobilização popular para dar fim a esse descalabro. Por isso, em decisão unânime, a Campanha Fora Bolsonaro definiu pela adição ao seu calendário de um novo dia de mobilização no próximo sábado, 3 de julho”, afirma a nota.