Neste 3 de julho, milhares de pessoas voltam às ruas em protestos contra o governo Bolsonaro. Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul concentrou diversos manifestantes em suas ruas neste sábado pela orla do Rio Guaíba. Segundo os organizadores, foram 50 mil pessoas que participaram do protesto.
O ato foi convocado por movimentos sociais e estudantis que exigem também a vacinação em massa contra a Covid-19 e defendem a apuração dos crimes cometidos pelo governo Bolsonaro denunciadas pela CPI da Pandemia, realizada no Senado Federal.
A aceitação do pedido de impeachment cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que até o momento tem resistido às pressões, apesar das graves denúncias de corrupção na compra de vacinas e do expressivo número de pessoas nas duas últimas manifestações.
Lincon Fonseca, presidente da União Gaúcha dos Estudantes (UGES) afirmou a importância de estar nas ruas neste momento contra Bolsonaro.
“O negacionismo corrupto de Bolsonaro, quer retirar mais de R$1 Bilhão da educação pública, ao mesmo tempo em que o esquema de corrupção na compra de vacinas vem à tona”.
“Já são mais de 500 mil vidas perdidas para o vírus, por isso tomar as ruas é essencial, para barrar os cortes na educação, e derrubar Bolsonaro, pela vacina e pelo Brasil!”, disse.
Manuela D’Ávila que esses atos corroboram com a luta que vem sendo travada há muito tempo e que as milhares de pessoas nas ruas seguirão combatendo Bolsonaro e seu governo antidemocracia, antivacina e anticiencia.
“Eu vejo muitos rostos, vejo a juventude, vejo os mais velhos, vejo muita gente lutando contra os desmandos de Bolsonaro. São muitas famílias, são muitas pessoas lutando contra esse genocida, são 521 mil vidas perdidas. Nós somos o canto da democracia que vai calar a barbárie deste governo, que vai derrubar este governo. Somos nós que prezamos pela vida, pela democracia, justiça social e a liberdade e seguiremos nas ruas contra esse genocidio que Bolsonaro, nós iremos honrar as vidas daqueles que se foram”, disse.
Com roupas pretas, representando o luto, e cruzes brancas, para lembrar as vítimas que morreram em razão do coronavírus, um grupo de profissionais da área da cultura e da artes cênicas participou do ato.
“Estamos aqui fazendo uma denúncia e também uma homenagem a todas as vítimas provocadas por um governo incompetente, insensível, que trouxe diversos problemas ao povo brasileiro, como as mortes desenfreadas e a fome crescendo pelo país. Essas vacinas, que agora estamos recebendo, já podiam estar nos nossos braços desde o ano passado. Podíamos ter salvo vidas”, afirma a atriz Sandra Dani.