O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua anunciaram que farão manifestações próprias pelo impeachment de Jair Bolsonaro. A data da primeira manifestação será divulgada na quinta-feira (8).
Os grupos criticam a omissão do governo durante a pandemia e a corrupção na compra de vacinas, que foi escancarada pela CPI da Pandemia, e aderiram à bandeira “Fora Bolsonaro”.
O Vem pra Rua alega que Bolsonaro cometeu improbidade administrativa porque se omitiu “na pandemia não adquirindo vacinas em 2020, nem oxigênio para Manaus e não testando e monitorando os brasileiros”.
Celina Ferreira, coordenadora do Vem Pra Rua, disse que “a CPI vem trazendo à tona a negligência, a corrupção e outros crimes de Bolsonaro, e não há por que esperar mais para pedir seu impeachment”.
O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), líder do MBL, participou da apresentação do pedido ampliado de impeachment de Jair Bolsonaro, que reúne os 122 pedidos que já tinham sido apresentados, apontando dezenas de crimes que Bolsonaro cometeu.
O MBL e o Vem Pra Rua decidiram organizar manifestações próprias por conta dias agressões que os manifestantes do PSDB sofreram ao participar dos atos no sábado (3). Os militantes do PCO, que fizeram as agressões, foram vaiados e rechaçados pelos estudantes presentes e outros manifestantes.
O coordenador nacional do MBL, Renato Battista, disse que “ficou claro que não tem como unificar” com as manifestações que já estão sendo realizadas. “Veja o que houve com os manifestantes do PSDB. Queremos fazer manifestações contra o Bolsonaro, mas sem levantar a bandeira do Lula”.
O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), líder do MBL, afirmou que “para derrubar Bolsonaro, precisamos falar com o eleitorado dele que foi traído. O governo hoje se sustenta apenas por uma articulação frágil com o Centrão. Enquanto governo, é uma tragédia em todos os aspectos”.