Manifestantes saíram às ruas em diversas capitais do país neste domingo (12) pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro.
Pela manhã e início da tarde ocorreram atos no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis, Curitiba, Recife, São Luís, Distrito Federal. Em pelo menos 17 outras capitais ocorreram atos contra Bolsonaro.
Os atos foram convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, e tiveram a adesão de partidos, como o PSB, PDT, PCdoB, Novo, Cidadania, e organizações do movimento social, entidades estudantis, sindicatos e centrais sindicais.
Nas manifestações, os participantes e lideranças políticas defenderam a democracia, ameaçada pelo presidente, e pediram o afastamento de Bolsonaro.
Muitos falaram sobre vacinas insuficientes, desemprego, inflação e acusaram Bolsonaro pela omissão diante da pandemia e pelas mortes dos mais de 580 mil brasileiros pela Covid-19.
Apesar de diferenças políticas e ideológicas, todos estavam unidos pelo “Fora Bolsonaro”.
RECIFE – Em Recife, sob o coro de “se o povo se unir, Bolsonaro vai cair”, os manifestantes alertaram para as tentativas de golpe de Bolsonaro, para as mais de meio milhão de mortes por Covid-19 no Brasil e pediram a união das forças políticas do país, das lideranças do Congresso Nacional e do povo brasileiro para conter as ações e omissões de Bolsonaro.
“Vacina, trabalho, fora Bolsonaro”, gritavam os manifestantes em passeata na Avenida Rio Branco. Ao final do ato, no Marco Zero de Recife, os manifestantes cantaram o Hino Nacional.
O ato foi organizado por 11 movimentos, entre eles, o Movimento Brasil Livre (MBL), União Juventude Liberal (UJL), União da Juventude Socialista (UJS), Juventude Livre, Juventude Socialista do PDT no Recife, Acredito Pernambuco, Rede Juventude do PSB, Juventude Cidadania e Juventude Diversidade.
BELO HORIZONTE – “A manifestação fez o que se propôs. É a primeira de muitas que vão acontecer e cada vez maiores, à medida que as pessoas forem se engajando e perdendo o medo de se manifestar, direita e esquerda”, afirmou o coordenador do MBL (Movimento Brasil Livre) em Minas Gerais, Claudio Pereira, durante a manifestação contra Bolsonaro em Belo Horizonte (MG).
No ato em BH, além de lideranças do MBL e do Acredito, também participaram representantes de partidos, como PDT, Novo e Rede.
SÃO LUÍS – Os manifestantes se reuniram na Avenida Litorânea por volta das 9h. Além do impeachment de Bolsonaro, os participantes também criticaram a alta dos preços dos alimentos, energia e gás de cozinha.
FLORIANÓPOLIS – “Aonde tiver um ato em defesa da democracia, pelo fora Bolsonaro, o PCdoB estará presente. Porque esse governo representa farsa, fome, genocídio e ameaça a democracia”, afirmou no ato em Florianópolis (SC), Janaina Deitos, representando o PCdoB.
“Hoje estamos vivendo um momento histórico do Brasil, como foi nas Diretas Já. Estamos juntando todos os democratas e progressistas que querem viver num país livre, contra aquele que é o nosso inimigo comum e ameaça a democracia no nosso país. Contra aquele que ceifou a vida de quase 600 mil brasileiros, pelo seu negacionismo. Aquele que é alheio aos mais de 14 milhões de desempregados, que é o pai da corrupção e das rachadinhas, e quer usar as instituições para proteger a sua família”, disse.
A manifestação em Florianópolis, que terminou por volta das 15h, foi organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Movimento Vem Pra Rua, e também contou com a participação de diversos partidos e entidades do movimento popular.
SALVADOR – Em Salvador, representantes do MBL, Brasil Livre e partidos como o PDT, PSD, DEM, PT e Novo, participaram do ato em frente ao farol da Barra, pedindo o impeachment de Bolsonaro.
Para o empresário Francisco Sampaio, presente na manifestação, “o país já não aguenta mais. Tantas mortes pela covid, tudo está caro, sem falar nos escândalos em seu governo. Ele está omisso em tudo. Estamos aqui porque queremos não só a saída, como também uma terceira via na próxima eleição”, disse.
“A gente quer ‘Fora Bolsonaro’ em todos os aspectos. Ele já provou que não tem capacidade para gerir esse país. Ele mesmo se detona”, disse o estudante Aldo Queirós.