O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, testou positivo para Covid-19 e vai ficar em quarentena em Nova Iorque, onde foi participar da comitiva de Bolsonaro à Assembleia-Geral da ONU.
O isolamento deverá durar pelo menos 14 dias.
Queiroga esteve junto com Bolsonaro em diversas agendas nos últimos dias. Na terça-feira (21), ele esteve na sede da ONU.
Por conta de seu caso, o Ministério das Relações Exteriores já suspendeu todas as reuniões dos diplomatas brasileiros até sexta-feira.
Em seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, Jair Bolsonaro defendeu o tratamento de Covid-19 com cloroquina e outros medicamentos que não têm eficácia comprovada.
Bolsonaro disse ainda que “o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina”.
A cidade de Nova Iorque adotou medidas restritivas para as pessoas que não se vacinarem, como acesso a restaurantes e ambientes fechados.
Por conta disso, Jair Bolsonaro, que não se vacinou, e sua comitiva tiveram que comer pizza na calçada e uma churrascaria teve que fazer um “puxadinho” externo para poder recebê-los.
Na segunda-feira (20), o ministro Marcelo Queiroga foi filmado mostrando o dedo do meio para manifestantes contrários ao governo de Jair Bolsonaro.
Ele é o segundo membro da comitiva que testa positivo em Nova Iorque. O primeiro foi um diplomata que está nos Estados Unidos há mais tempo participando da organização da viagem.
Na semana passada, o ministro suspendeu intempestivamente a vacinação para jovens, sem consultar ninguém sobre o assunto.
Na terça-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, decidiu que Estados e municípios têm competência para decidir sobre a vacinação de adolescentes maiores de 12 anos contra a covid-19. O ministro atendeu ao pedido de liminar de diversos partidos para retomada da imunização após a decisão do Ministério da Saúde.