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“O Brasil está pedindo de nós serenidade, equilíbrio e foco. Quando o assunto for Bolsonaro, devemos esquecer tudo e convergir para esse raríssimo consenso”, disse o ex-governador
Alvo de agressões de elementos trajando camisetas do PT e da CUT no ato contra Bolsonaro na Avenida Paulista, ocorrido no último sábado (2), no centro de São Paulo, o ex-governador e presidenciável do PDT, Ciro Gomes, afirmou, neste domingo (3), em entrevista ao jornal Metrópoles, que, apesar de desagradáveis, essas atitudes “são irrelevantes, principalmente nessa gravíssima hora que o Brasil está pedindo da gente serenidade, equilíbrio e foco”.
NESSA HORA GRAVE, ESSAS ATITUDES SÃO IRRELEVANTES
Segundo Ciro, não é o momento de dar valor a incidentes como os que ocorreram nos protestos. Durante a manifestação um grupo de pessoas com camisetas do PT e da CUT hostilizou participantes do protesto contra Bolsonaro. Além de vaiarem líderes do PSB, do PDT, do Solidariedade, da Força Sindical e até a presidente da UNE, Bruna Brelaz, os elementos fizeram uma emboscada contra a comitiva do PDT e de Ciro Gomes após o presidenciável discursar no ato.
A trégua, segundo o pedetista, não significa “esquecer tudo”, e sim ignorar “bobagenzinhas” como as vaias e ataques recebidos por parte de petistas nas manifestações. “E é assim que a gente deve tratar o que ocorreu: bobagenzinha”, disse o pedetista, que declarou ainda ter a intenção de voltar às ruas para novos protestos contra o governo no dia 15 de novembro.
ESTAREMOS NAS RUAS NO DIA 15 DE NOVEMBRO
“Quando eu aceitei o convite do MBL, eu não superei as diferenças insuperáveis que eu tenho com o MBL. Nem, acabado o ato, nós fomos tomar cerveja. Continuamos com as nossas histórias, mas o MBL vem do outro lado para dizer que o Bolsonaro precisa ser punido, portanto é um exemplo prático”, disse Ciro, ao comentar o ato do dia 12 de setembro contra Bolsonaro, também ocorrido na Avenida Paulista, convocado pelo MBL.
“Também as minhas divergências com o PT são, a cada dia, mais profundas e insuperáveis”, destacou o ex-governador. “O que eu estou propondo para toda militância nossa é não dar valor a esses incidentes, que são desagradáveis, mas são irrelevantes, principalmente nessa gravíssima hora que o Brasil está pedindo da gente serenidade, equilíbrio e foco”, afirmou.
“O que eu estou propondo para toda militância nossa é não dar valor a esses incidentes, que são desagradáveis, mas são irrelevantes, principalmente nessa gravíssima hora que o Brasil está pedindo da gente serenidade, equilíbrio e foco”, afirmou.
“Nós estamos propondo uma amplíssima trégua de Natal. Mal comparando, não tem nas guerras por aí afora, onde se faz até dois dias de trégua? Quando o assunto for Bolsonaro e impeachment, a gente deve esquecer tudo e convergir para esse raríssimo consenso, que já não é fácil, é muito difícil”, disse. “Mas a crença de que é difícil ou fácil não deve ser o que nos motiva”, apontou o pedetista.
VAMOS PRECISAR DE TODO MUNDO
“Ontem havia milhões de pessoas pelo Brasil a fora. As manifestações foram grandes, apesar de toda descrença do nosso povo com a política, eu acho que nós acordamos o gigante. Se a gente tiver persistência, não dar valor aos incidentes, eu recebo com muito carinho e gratidão, mas não dou a menor bola, o menor valor à bobagenzinhas que aconteceram lá, e é nessa categoria que classifico”, propôs Ciro.
“Por que?”, indagou o ex-governador. E ele mesmo respondeu: como diz o Beto Guedes, o extraordinário artista mineiro, cantor e compositor, nós vamos precisar de todo mundo”. “Vamos precisar de todo mundo para banir do mundo a opressão”, cantarolou o presidenciável do PDT. “Trata-se rigorosamente daquilo que está no verso mineiro, mais uma vez um mineiro iluminando a discussão”, observou Ciro Gomes.