Preços continuam em alta corroendo a renda do brasileiro. Segundo a prévia da inflação de outubro, em doze meses, a energia elétrica acumula alta de 30,78%, a gasolina avançou 40,44% e o gás de botijão aumentou 35,18%. As carnes subiram 22,06%
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, bateu novo recorde em outubro com alta de 1,20%, após ter registrado taxa de 1,14% em setembro. Esse resultado “trata-se da maior variação para um mês de outubro desde 1995 (1,34%), e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%)”, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (26).
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,30% e, em 12 meses, chegou a 10,34%, contra os 10,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O índice calculado pelo IBGE considera a variação de preços do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência, por isso é considerado uma “prévia” da inflação oficial.
O impacto inflacionário no mês de outubro foi puxado pelos produtos e serviços que são administrados pelo governo federal, como energia elétrica (alta de 3,91%), que representou 0,19 ponto percentual da inflação do mês e dos combustíveis (2,03%). Segundo o IBGE, a alta na energia elétrica decorre, principalmente, pela vigência da bandeira tarifária imposta pelo governo Bolsonaro para escassez hídrica, um acréscimo de R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos, o mais alto entre todas as bandeiras. Em 12 meses, a energia acumula alta de 30,78%.
De acordo com o IBGE, oito de nove grupos de produtos e serviços apresentaram alta em outubro. Entre os aumentos está o grupo de Transportes, com alta de 2,06%, um aumento que foi pressionado pelos preços das passagens aéreas, que subiram 34,35%, e contribuíram com 0,16 ponto percentual para o resultado do mês. Além dos custos dos combustíveis: gasolina (1,85%), etanol (3,20%), óleo diesel (2,89%) e gás veicular (0,36%).
Em um ano, a gasolina avançou 40,44% e o gás de botijão acumulou alta de 35,18% no mesmo período.
Também se destacaram com alta em outubro: Habitação (1,87%), puxado pela alta na energia; Alimentação e bebidas (1,38%), influenciado, principalmente, pela alimentação no domicílio; e Vestuário (1,32%).
Alimentos
As carnes apresentaram uma pequena variação de queda em outubro, -0,31%, após 16 meses seguidos de alta. No entanto, em um ano, as carnes acumulam alta de 22,06%.
Em outubro ainda, os preços das frutas subiram 6,41%, tomate (23,15%), batata inglesa (8,57%), do frango em pedaços (5,11%), do café moído (4,34%) do frango inteiro (4,20%) e do queijo (3,94%). Por outro lado, houve queda de -2,72% nos preços da cebola e, pelo nono mês consecutivo, -1,06% no arroz.
Diante da explosão dos preços, Bolsonaro pinta a economia de cor-de-rosa, diz que não vai interferir nos preços, que é a “lei do mercado”, culpa São Pedro pelo risco de apagão, pede ao povo para acender uma vela e trocar comida por fuzil.