O número de mortos vítimas das chuvas na Bahia subiu para 24 no balanço oficial divulgado nesta quarta-feira (29) pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec).
De ontem para cá, foram confirmadas mais três mortes: um casal que teve o carro arrastado pela enxurrada em São Félix do Coribe e um morador de Ubaitaba que foi atropelado por um motorista que perdeu a visibilidade por conta do mau tempo.
Em todo estado, são 37.324 desabrigados e 53.934 desalojados. Os números correspondem aos dados dos 141 municípios afetados. Das cidades afetadas, 132 seguem em situação de emergência. O total de feridos aumentou para 434. A Defesa Civil contabiliza 629.398 pessoas afetadas pelas chuvas e enchentes.
Ao todo, 13 municípios tiveram mortes em decorrência das chuvas: Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (2), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2) e Ubaitaba (1).
Desde do agravamento da situação na região, governadores estaduais se mobilizam para estrutura e reforço humano em apoio à população, enquanto o presidente Bolsonaro continua de férias. O governo federal chegou a anunciar ajuda de R$ 200 millhões. Para o deputado federal Marcelo Nilo (PSB-BA), a verba prometida pelo governo para auxiliar as áreas afetadas pela chuva são insuficientes.
“Acho que, nesse momento, os R$ 200 milhões são apenas um paliativo. No mínimo, num estudo ainda superficial, precisaríamos de R$ 1 bilhão e meio para reconstruir as cidades atingidas pelas enchentes”, declarou.
Nilo também criticou Bolsonaro por manter as férias em Santa Catarina, onde passeia de jet ski com a família, e delegar a ministros a função de visitar as regiões castigadas pela chuva.
“O presidente eleito pelo povo tem que tomar as suas decisões. Se ele acha que é mais importante andar de jet ski de férias…”, disse.
Em meio à tredia na Bahia, Bolsonaro compartilhou uma fala irônica do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) para justificar sua ausência no estado.
“Eu acho que se o presidente descobrir a cura do câncer, ele vai ser criticado porque descobriu a cura do câncer”, disse Marinho em um evento no Rio de Janeiro.
Ao compartilhar um vídeo do ministro nas redes sociais, Bolsonaro acrescentou: “Bahia, nosso trabalho é solidariedade.”
No Twitter, a hashtag “BolsonaroVagabundo” foi uma das mais compartilhadas na manhã desta quarta.