O primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos chegou ao Brasil às 4h45 desta quinta-feira (13). A remessa com 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer foi descarregada no Aeroporto de Viracopos, em Campinas-SP.
A vacina chega ao país quase um mês depois da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a utilização do imunizante. O atraso ocorre devido às barreiras criadas pelo governo Bolsonaro para impedir a imunização das crianças.
Somente na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão dos imunizantes pediátricos no plano de operacionalização do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Bolsonaro se manifesta contrário à imunização de crianças. Segundo ele, as 314 crianças de 5 a 11 anos mortas pela Covid-19 no Brasil, “é quase zero”.
A previsão é que o Brasil receba em janeiro um total de 4,3 milhões de doses da vacina. A remessa é a primeira de três que serão enviadas ao país.
O Brasil possui cerca de 20,5 milhões de crianças entre 5 e 11 anos de idade, mas segundo o ministério, durante o primeiro trimestre devem chegar ao Brasil quase 20 milhões de doses pediátricas.
Em fevereiro, a previsão é que sejam entregues mais 7,2 milhões, e em março, 8,4 milhões. O esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações.
Anvisa e Butantan discutem utilização da CoronaVac
A aprovação do uso do imunizante do Instituto Butantan, a CoronaVac, em crianças está em discussão na Anvisa. Nesta quinta-feira, uma nova reunião entre a agência e o instituto poderá avançar na liberação da vacina.
A CoronaVac já é utilizada por diversos países para a imunização de crianças, dentre eles a China, Chile e Indonésia. O imunizante, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, poderá ser aplicado em crianças a partir dos 3 anos.
O governo de São Paulo já anunciou que mantém uma reserva de 12 milhões de doses de CoronaVac para a aplicação em crianças. Com isso, a imunização infantil contra a Covid-19, poderá ser acelerada.