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As aglomerações de pessoas nas festas de final de ano, juntamente ao avanço da variante ômicron fez a pandemia de Covid-19 voltar a um elevado patamar de casos e óbitos no Brasil. Nesta terça-feira (18), foram registradas 351 mortes pelo vírus e 137.103 novos diagnósticos, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde.
É o segundo maior número de casos diários, atrás apenas do dia 18 de setembro de 2021, quando foram registrados 150 mil casos. Os dados mostram também a eficácia da vacinação no combate ao Covid-19. No dia em que foi registrado o recorde de casos, 935 pessoas perderam a vida para a doença, quase três vezes mais que o número de óbitos desta terça.
Os números registrados nesta terça são 93% maiores do que de uma semana atrás, quando 70.765 pessoas foram diagnosticadas em 24 horas.
O Brasil contabiliza, desde o início da pandemia, 621.517 óbitos e 23.211.894 casos de covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 21,7 milhões de pessoas se recuperaram da doença no país.
Segundo o Conass, a taxa de letalidade do novo coronavírus no Brasil é de 2,7%, e a taxa de mortalidade por cada 100 mil habitantes é de 295,8. A média móvel de óbitos nos últimos 7 dias é de 187, e a média móvel de novos casos é de 83.205.
INFOGRIPE
Após mais de um mês sem ser divulgado, devido ao apagão no sistema de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), o boletim da Fiocruz ajuda a enxergar a nova onda de casos de doenças respiratórias no Brasil. Os dados do boletim registram um aumento de 135% nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que se repete por 25 das 27 unidades da federação.
Nesse final do ano passado, foram registrados 5,6 mil casos, ante mais de 13 mil, agora. No final de novembro, os casos de gripe ultrapassaram os de covid, mas mesmo antes do Natal a tendência já havia voltado a se inverter. As festas de fim de ano, portanto, podem ter representado um risco significativo à população – mas a falta de divulgação de dados relativos às doenças fez com que os brasileiros não pudessem tomar decisões embasadas.
Outro ponto preocupante é a faixa etária das contaminações. Se ao final de 2021, os principais afetados eram os mais jovens, cuja imunização contra covid ainda estava em processo ou não iniciada, nas últimas semanas o que aconteceu foi um novo aumento de casos em todas as faixas etárias acima de dez anos. A tendência observada pelo InfoGripe é de alta tanto a curto quanto a longo prazo. Em todos os estados, com exceção de Rio de Janeiro e Roraima, espera-se um aumento de mais de 95% nas semanas seguintes.