Médicos peritos do INSS realizam nesta terça-feira (8) o primeiro dia de paralisação nacional da categoria por recomposição salarial e melhores condições de trabalho. O movimento segue até amanhã (9).
A categoria também protesta contra os cortes no orçamento do órgão, e reivindicam abertura imediata de concurso público para recompor os quadros da carreira, defasados em 3 mil funcionários.
Os peritos reivindicam recomposição salarial de 19,99%, relativa às perdas com a inflação de 2019 a 2022, fixação do número máximo de 12 atendimentos presenciais como meta diária e o fim da “teleperícia”, entre outros itens.
O protesto acontece em meio a omissão do governo que se nega a negociar com a categoria, assim como tem se omitido com o restante do funcionalismo público federal, que está mobilizado em todo o país por reestruturações de carreiras e contra os cortes no orçamento dos órgãos.
Apenas no INSS, o corte do governo Bolsonaro para 2022 foi de R$ 988 milhões, verba que seria usada na administração, gestão e processamento de dados.
A última paralisação da categoria foi no dia 31 de janeiro. No dia 3 de fevereiro, a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) enviou ofício ao ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, avisando desta paralisação, diante do “silêncio das autoridades em relação aos 3 ofícios já enviados para requerer audiência para tratar sobre a questão, todos sem resposta até o presente momento”.
A entidade denuncia a completa omissão da Administração em relação aos pleitos da Perícia Médica Federal há quase dois anos. Segundo a entidade, caso o governo não receba os representantes da categoria para discutir as reivindicações, os médicos peritos não descartam endurecer a mobilização, e promover uma greve geral por tempo indeterminado.