A forte tempestade que atingiu Petrópolis, na Região Serrana do Rio, na última semana já deixou, até a manhã desta segunda-feira (28), pelo menos 229 pessoas mortas. Ao menos 20 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo o portal de desaparecidos da Polícia Civil.
Essa é considerada a maior tragédia da história de Petrópolis. A cidade já tinha sido atingida por temporais semelhantes nos anos de 1988 e 2011.
Os trabalhos de buscas realizados pelo Corpo de Bombeiros continuam no bairro Chácara Flora, onde há registro de duas pessoas desaparecidas. Já as buscas no Morro da Oficina foram encerradas no domingo. O Corpo de Bombeiros informou que já encontrou todas as pessoas dadas como desaparecidas na localidade. Agora, além do trabalho na Chácara Flora, também há varredura pelos rios da cidade, onde três vítimas estão desaparecidas.
O município mantém 14 escolas abertas para o acolhimento dos moradores de área de risco. Até o momento, 876 pessoas estão abrigadas nesses locais.
Os militares permanecem trabalhando na Chácara Flora, em que buscam por duas pessoas. E ainda fazem varredura nos rios da cidade, em que três vítimas desapareceram.
“Estamos acompanhando de perto todo esse trabalho e vamos seguir garantindo o suporte necessário para que os militares encontrem os que ainda estão desaparecidos no nosso município. Nossa prioridade são essas buscas e o atendimento de todas as pessoas afetadas”, destacou o prefeito Rubens Bomtempo (PSB).
AJUDA ARGENTINA
Um grupo com cinco condutores e cinco cães chegaram da Argentina para auxiliar no trabalho. Ao todo, 58 cães farejadores atuaram na cidade.
O condutor e presidente da associação Juan Carlos Lombardi ao lado do cão Lupo trabalharam logo no início da tragédia argentina.
“Estamos dando nossa colaboração para encontrar o maior número possível de pessoas desaparecidas para que seja menos doloroso para as famílias. Realmente esperamos um bom resultado em menos tempo possível”, disse Juan Carlos.