Servidores do INSS, em greve há 22 dias, e representantes da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) que comanda a paralisação da categoria, fizeram um ato, na terça-feira (12), em Brasília, durante a posse do novo presidente do INSS, Guilherme Serrano.
A categoria, que luta contra o desmonte do órgão feito pelo governo Bolsonaro e pela valorização dos profissionais da área, está há mais de cinco anos sem reajuste.
Os servidores reivindicam reposição salarial de 19,99% para repor a perda dos últimos três anos e a escalada inflacionária que corrói os salários; melhores condições de trabalho, inclusive para melhor atender à população, e concurso público urgente para o INSS, e as áreas da Previdência Social, Saúde e Trabalho.
Durante o ato, os manifestantes foram ignorados pelo novo presidente do órgão, que apenas recebeu um ofício da entidade com as reivindicações do setor, e quando cobrado pela instalação de uma mesa de negociação com a Federação, não deu nenhum retorno.
O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos de Oliveira, presente à posse, saiu “fugido” por uma porta de fundo do auditório para evitar os manifestantes.
Segundo a entidade, “enquanto fechava a porta apressadamente ‘na cara’ dos trabalhadores, o ministro ouviu gritos de “fujão”, “negocia a greve”, e “é assim que os servidores do INSS são tratados”.
A Fenasps afirma que “enquanto não houver efetiva negociação com o governo, os trabalhadores devem permanecer em greve para pressionar os gestores a estabelecer um diálogo para atendimento das demandas da categoria”.