Em defesa dos corruptos, petistas dizem que prisão de Azeredo é “absurda”

Durval Ângelo, líder do governo do PT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Foto: Sarah Torres - ALMG

Os deputados estaduais petistas Cristiano Silveira e Durval Ângelo se declararam contrários à prisão do tucano Eduardo de Azeredo.

Durval Ângelo disse que a prisão de Azeredo é “um absurdo”. “Eu acho um absurdo a prisão do ex-senador, ex-presidente do PSDB, ex-deputado federal e ex-governador”. “Mesmo procedimento que eu tenho para o ex-presidente Lula e dirigentes do PT é o mesmo que eu tenho para o senador Eduardo Azeredo”, disse o petista, mal disfarçando suas más intenções.

Líder do governo Fernando Pimentel (PT) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, ele disse que a prisão do ex-governador Eduardo Azeredo por corrupção é “triste para a política mineira”. “Temos problemas semelhantes.”. Falou também que é “hipocrisia comemorar a prisão” do tucano. Cristiano Silveira disse que concorda com Durval.

O ex-ministro de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, também declarou que é uma “hipocrisia” comemorar a prisão, mesmo que haja razão para isso.

É sintomático que o PT fale em “hipocrisia”. Os petistas têm sido hipócritas o tempo todo ao cobrar a prisão de tucanos denunciados por corrupção, dizendo-se “perseguidos”. E agora com a prisão de Azeredo o PT é mais hipócrita ainda falando em “tristeza”.

O que o PT quer é a impunidade geral para os corruptos, principalmente para Lula, que está preso em Curitiba. Um leitor do jornal O Tempo, Wilton Grego, resumiu bem a situação: “É claro que são contra [a prisão de Azeredo]. Bandido é contra prisão de bandido”.

Note-se que nem Cardozo, nem Durval Ângelo alegam que não há provas contra Azeredo. Eles sabem que existem provas e que foram cabais no processo do tucano, ex-presidente nacional do PSDB, assim como elas existem a rodo no caso de Lula.

Segundo Durval Ângelo, Azeredo é um preso político. Naturalmente, para os petistas, Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, Geddel Vieira Lima e outros também são presos políticos. E a corrupção é um nobre e ético ato político, na visão deles.

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