O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), saiu em defesa da juíza Joana Ribeiro Zimmer, de Santa Catarina, que impediu uma menina de 11 anos estuprada de fazer aborto legal.
“A juíza está certa”, disse o parlamentar que gosta de se mostrar como um “superconservador” nas redes sociais.
“E vale lembrar que quem primeiro impediu o aborto foi a equipe médica, Respeitem a ciência”, ainda debochou Eduardo Bolsonaro, que passou dois anos de pandemia defendendo medidas e ações sem qualquer amparo científico.
Por fim, o filho do presidente defendeu que o correto e “civilizado”, vindo de alguém que defende abertamente a pena de morte, tortura e o armamento da população, seria destinar o bebê fruto do estupro à adoção.
“Além disso pode ser entregue para adoção, o algo muito mais civilizado do que condená-lo a pena de morte sem ter culpa de bebê”, concluiu Eduardo.
https://www.instagram.com/p/CfG-OzFAtIy/
Na segunda-feira (20), em decisão de Joana Ribeiro Zimmer, a Justiça de Santa Catarina decidiu manter em um abrigo uma criança de 11 anos grávida após ser vítima de estupro, para evitar que a menina realize aborto legal.
Em despacho, a titular da Comarca de Tijucas, afirma que a decisão, inicialmente, teria sido motivada para garantir a proteção da criança em relação ao agressor, mas que havia ainda outra razão: “Salvar a vida do bebê”.
“O fato é que, doravante, o risco é que a mãe efetue algum procedimento para operar a morte do bebê”, diz trecho da sentença.
A decisão logo que divulgada pelo The Intercept, junto com o portal Catarinas, provocou forte repercussão negativa. Ela foi transferida para a Comarca de Brusque, no Vale do Itajaí. Não se sabe ao certo como uma promoção ou pela revolta popular que o caso gerou.
Após a repercussão nacional do caso, a menina voltou para casa junto com sua mãe e realizou o aborto nesta quinta-feira, 23.