“Distribuição de dinheiro público como gratificação por voto não é só imoral. É crime”, disse Alessandro Vieira (PSDB-SE)
O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) disse que vai entrar com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) e no Conselho de Ética do Senado Federal, na próxima segunda-feira (11), contra o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e os senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Marcos do Val (Podemos-ES).
Vieira vai pedir para ser investigada a fala do senador Marcos do Val (Podemos-ES) de que recebeu R$ 50 milhões em emendas como gesto de “gratidão” por ter apoiado a eleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado, em fevereiro de 2021.
O senador teria sido informado sobre os recursos por Alcolumbre, então presidente do Senado e articulador da campanha de Pacheco.
Na denúncia, Alessandro Vieira pedirá a apuração do papel dos três personagens. Ele também prometeu que na segunda-feira, irá denunciar os parlamentares à Procuradoria-Geral da República.
“Distribuição de dinheiro público como gratificação por voto não é só imoral. É crime! Na segunda, apresentarei representação ao PGR e ao Conselho de Ética do Senado em face dos senadores Davi Alcolumbre, Rodrigo Pacheco e Marcos do Val, para que todos esses fatos sejam apurados”, publicou Vieira nas redes sociais.
Após a afirmação inicial, Marcos do Val recuou e disse ter sido “mal interpretado”. Em uma transmissão nas redes sociais, ele negou ter recebido o dinheiro como “gratidão” por ter votado em Pacheco.
“Só posso acreditar que fui mal interpretado quando concedi uma entrevista por telefone. Jamais houve qualquer tipo de negociação política para a eleição do presidente Rodrigo Pacheco, que envolvesse recursos orçamentários. Afirmo com toda certeza que jamais aconteceu”, disse.