O PSB aprovou em convenção estadual realizada na quarta-feira (20), por unanimidade, a chapa que disputará as eleições no Rio de Janeiro com as candidaturas de Marcelo Freixo ao governo, Alessandro Molon ao Senado e a de Lula à Presidência.
Com a decisão, o partido seguirá com duas candidaturas ao Senado: a de Molon e a de André Ceciliano (PT), encerrando a polêmica sobre qual seria o candidato da chapa.
O partido sustenta que a candidatura de Molon se coloca como a principal para enfrentar o bolsonarismo no Senado. O deputado federal é o nome mais citado nas pesquisas eleitorais para disputar a vaga do atual senador Romário (PL).
O PT do Rio de Janeiro pressionava para que Molon retirasse sua candidatura em prol do presidente da Alerj, André Ceciliano. O próprio Freixo chegou a defender a saída de Molon da disputa, mas, segundo o PSB, a decisão da candidatura ao Senado “é irrevogável”.
Após trocarem afagos na convenção que aprovou por unanimidade as duas candidaturas, Freixo e Molon falaram com a imprensa lado a lado, mostrando união dentro do partido.
“Está pacificado, completamente superado qualquer coisa que tenha criado divergências”, disse Freixo, que continuou “Temos maturidade pra isso e nossa união nos torna muito mais potentes. Mesmo com divergências, não estamos num momento buscar o idêntico, mas sim o comum. A gente tem um projeto de república pro Rio de Janeiro e isso nos une”.
Ao ser questionado sobre em quem votaria para o Senado, Freixo disse que “o voto é secreto” e ressalto que não há impedimentos para que a chapa siga com nomes para a disputa. “A lei permite que as alianças tenham dois candidatos ao Senado. O PSB aprovou o nome do Alessandro Molon e a federação com outros partidos apoia o nome de André Ceciliano. O que precisamos agora é um protocolo, pois esta grande aliança provavelmente terá dois candidatos ao Senado”.
Em seguida, Molon falou que o momento é de convergir.
“Viramos a página. Vamos em frente juntos. A gente sai daqui pra ganhar o governo e o Senado com respeito a essa coligação que é mais ampla que o PSB. Como disse o Freixo, isso está pacificado entre a gente”.
Molon chegou a destacar que duas candidaturas disputando os votos da esquerda para o Senado, não é o melhor cenário para vencer a disputa. Mas afirmou respeitar a candidatura de Ceciliano.
“O cenário ideal é de unidade, mas não podemos obrigar outros partidos a adotarem a posição que a gente adotou. Nosso entendimento no PSB é que nossa candidatura é muito mais competitiva como todas pesquisas mostram. Nosso nome é o que tem mais chance de derrotar o bolsonarismo no estado. Por isso vamos levar a candidatura até o final. Vamos continuar dialogando e quem sabe estarmos todos juntos ali na frente”.