A maioria da bancada federal do União Brasil defende apoiar o governo do presidente eleito em outubro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Essa é também a posição do presidente da legenda, Luciano Bivar, que logo após a vitória de Lula nas eleições declarou que o partido estava disposto a conversar.
Bivar já afirmou que o partido não será oposição ao governo Lula (PT) e está disposto a compor a base governista: “tudo é uma questão de conversar”.
“Nós não seremos oposição ao governo Lula de jeito nenhum, mas somos independentes. Podemos integrar a base, sim. Estamos sempre dispostos”, afirmou o dirigente partidário em entrevista ao jornal O Globo.
“A bancada quer ter os seus espaços e o União Brasil nasceu para a gente fortalecer a democracia, as instituições. A gente não pode ter um país cheio de turbulência. é hora de voltarmos a ter paz, tranquilidade, não fustigar as instituições, o Estado de direito”, completou. Segundo ele, é natural apoiar Lula. “É natural, somos um partido que sustentamos a democracia. E se Lula vai exercitar a democracia conta com o União”, declarou.
O apoio ao novo governo deve ser definido pela direção nacional da sigla em reunião nesta semana.
Segundo informações do jornal “Folha de S.Paulo”, a maioria da bancada federal é favorável inclusive à possibilidade de compor o governo com cargos de primeiro e segundo escalões.
Com uma bancada de 59 deputados federais e dez senadores a partir de 2023, o União Brasil pode, no entanto, abrir exceção para que alguns quadros possam continuar se manifestando contrariamente ao futuro governo.
É o caso do senador eleito Sergio Moro (PR) e do secretário-geral da legenda, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA).
O líder do partido na Câmara, deputado Elmar Nascimento (União-BA), declarou que se for preciso8 irá contribuir para amenizar esse “clima belicoso”.
“Se a gente puder contribuir para abaixar esse clima belicoso que já se estende para além da eleição, nós o faremos”, disse o deputado ao portal Congresso em Foco.
O líder do União Brasil afirmou que resta um gesto da equipe de transição para discutir a possibilidade de uma aliança com o novo governo.
Elmar disse que ainda é necessário conhecer melhor os novos planos do novo governo. “Não tivemos nenhum contato denso com qualquer pessoa do novo governo, apenas sinalizações de que gostariam de conversar, e nada mais do que isso. Está tudo muito embrionário”, relatou.
“Nós precisamos saber melhor o que o governo está pensando em fazer a partir do ano que vem. Precisamos também saber se o governo nos quer nessa parceria, e como vai querer, para que possamos levantar isso com a nossa executiva e com os congressistas eleitos na Câmara e no Senado”, declarou.
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